quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Teixeira Duarte passa de prejuízos a lucros de 58 milhões

A Teixeira Duarte registou lucros de 58 milhões de euros nos primeiros nove meses, contra prejuízos de 275,2 milhões de euros de igual período do ano anterior, informou a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a mesma fonte, o volume de negócios registou uma quebra de 3,6% relativamente ao terceiro trimestre de 2008, atingindo 910,665 milhões de euros.

A variação negativa “deve-se, essencialmente, ao facto da descida verificada em Portugal ter sido superior à expansão conseguida no mercado externo, o qual passou a representar 61,4% do total do Grupo Teixeira Duarte”, explica a empresa.

A mesma fonte sublinha que a carteira de encomendas do Grupo Teixeira Duarte para o sector de construção acima dos 2 mil milhões de euros “sustenta boas perspectivas para actividade”.

O EBITDA subiu 8,8% em relação ao ano passado para 131,9 milhões de euros, influenciado por operações não recorrentes em 23,9 milhões de euros.

Quase todos os mercados da empresa foram penalizados, com excepção do de Angola e Moçambique que cresceram 14,0% e 174,2% respectivamente. A Ucrânia caiu mais de 60%. Paralelamente, os proveitos operacionais consolidados registaram um decréscimo de 2,4% face a 2008, atingindo nos nove primeiros meses de 2009 o montante de 976 milhões de euros, diz a empresa.

A construtora explica ainda que “o total dos proveitos operacionais alcançado no sector dos combustíveis em Portugal diminuiu sobretudo em resultado da estratégia de optimização de resultados em detrimento do volume de negócios”.

O mercado de cimentos e betão também caiu prejudicado pela Ucrânia, tal como a comercialização de viaturas. A Teixeira Duarte adianta ainda que registou “boas prestações” nas concessões e serviços, na hotelaria, no comércio alimentar, na construção e no imobiliário.

69% do endividamento corresponde a participações no BCP e Cimpor

Os resultados financeiros atingiram o valor negativo de 15,7 milhões de euros, com o endividamento líquido do grupo a ser de 1,978 mil milhões de euros, registando um aumento de 126,3 milhões de euros.

A empresa explica que as participações sociais detidas no BCP e Cimpor "valorizadas em 1,15 mil milhões de euros de acordo com as respectivas cotações de mercado a 30 de Setembro de 2009, somadas ao empreendimento de “Lagoas Park”, valorizado em 283,5 milhões de euros, representam 69,2% do valor de endividamento”.


Fonte: Jornal de Negócios

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