Numa altura em que o Governo se prepara para reduzir as condições de acesso ao incentivo de abate aos veículos em fim de vida, a ANECRA apela a um aumento de emissões, à possibilidade de serem incorporados carros usados, até três anos, e a uma manutenção dos montantes de incentivos.
A Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) apela ao Governo que aumente para 150g/km o limite de emissões de CO2 dos veículos novos para se ter direito ao incentivo fiscal de abate de veículos.
Esta medida contribiu para aumentar "o leque de escolha dos consumidores de 1661 versões/modelos de veículos ligeiros, para 2050", adianta a mesma fonte.
De acordo com a informação enviada pelo Ministério das Finanças ao Negócios, a intenção do Executivo é de alargar o programa de incentivo ao abate de veículos em fim de vida mas para automóveis que emitam até 130 g/km. O programa actual abrange veículos que emitam até 140 g/km.
A associação pede também que os montantes de incentivo, que actualmente vão até 1.500 euros sejam mantidos. Enquanto a intenção do Governo é reduzir para 1.250 euros.
Outro pedido da ANECRA visa alargar o tipo de veículos que podem ser comprados pelos consumidores para terem direito ao incentivo. Deste feita, a associação quer que os veículos usados, até três anos, também possam passar a ser abrangidos por este programa. Actualmente só os novos estão enquadrados.
E a associação não fica por aqui. Uma vez que o novo programa de incentivos terá de ser aprovada pelo Parlamento, através do Orçamento do Estado para 2010, a ANECRA “sugere ao Governo e à Assembleia da República a criação de Legislação especial avulsa, que permita a renovação do Sistema em apreço, com efeitos retroactivos a partir de 1 de Janeiro de 2010, com vista a assegurar a reanimação do mercado automóvel, à semelhança daquilo que se verificou com sucesso, em vários países da União Europeia”, de acordo com o comunicado emitido pela associação.
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