quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Colômbia suspende abastecimento de electricidade à Venezuela

A Colômbia suspendeu temporariamente o abastecimento de energia eléctrica à Venezuela para garantir reservas suficientes para o Verão que se aproxima. Bogotá vai também restringir, pelas mesmas razões, a venda de energia ao Equador.

"Vendíamos à Venezuela entre 70 e 80 mw/dia (megawatts por dia) de capacidade mas há 10 dias tivemos que suspender devido à nossa situação interna. Estamos a reservar água para em Fevereiro e Março enfrentar o Verão que se avizinha e afastar o fantasma do racionamento", explicou o ministro das Minas e Energia colombiano, Hernán Martínez.

O responsável falava à estação privada Rádio Caracol, precisando que a medida "nada tem a ver com a situação política" entre os dois países.

As autoridades venezuelanas "sabem que não se trata de uma retaliação", explicou. "Não faríamos isso por nenhum motivo. Os povos devem continuar a ser amigos, independentemente da situação política que se apresente", acrescentou.

Em relação ao Equador, o ministro colombiano precisou que a redução será significativa. "Já suspendemos o serviço em várias ocasiões e na quarta-feira vendemos um pouco mais (de água) porque tivemos uma reacção (favorável) nas nossas barragens".

Venezuela fala em clima de guerra

A Venezuela e a Colômbia vivem momentos de tensão política, com relações comerciais "congeladas" desde finais de Julho último, por instruções do Presidente venezuelano, Hugo Chávez.

A 8 de Novembro último, Chávez pediu aos seus apoiantes, militares e civis, que se preparassem para a guerra, depois de advertir os governos da Colômbia e dos Estados Unidos que os venezuelanos estão dispostos a tudo.

A advertência surgiu depois de Chávez ter assumido como sua a frase do ex-presidente cubano Fidel Castro, de que os Estados Unidos "anexaram a Colômbia" com o tratado que lhes permite usar sete bases militares colombianas.

"Não se equivoquem. Nós, os venezuelanos, estamos dispostos a tudo", disse.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ian Kellu, instou recentemente os governos de Caracas e Bogotá a "baixar o nível da retórica" e manifestou a disposição de mediar o conflito.


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