O consórcio em que a Galp Energia entrou este mês para o desenvolvimento de um projecto de liquefacção de gás natural do pré-sal brasileiro assinou hoje os contratos com as empresas que irão preparar a engenharia de base e o ‘design’ conceptual desta nova unidade, que será um projecto único a nível mundial, na liquefacção de gás em alto mar.
O concurso para a contratação das empresas de engenharia foi lançado em Agosto, ainda antes de a Galp entrar no consórcio (detendo 16,3%), onde já estão a Petrobras (51,1%), a Repsol (16,3%) e a BG (16,3%). As empresas vencedoras da licitação foram a Saipem e os consórcios SBM/Chiyoda e Technip/JGC/Modec.
Os grupos contratados têm até Dezembro de 2010 para desenvolver os seus projectos. “O objectivo é promover a competição entre os três grupos, contribuindo assim para reduzir os custos de implementação da unidade de FLNG [sigla inglesa para liquefacção flutuante de gás natural]”, refere a Galp em comunicado.
O consórcio da Galp tem até Março de 2011 para realizar o estudo da viabilidade técnica e económica da unidade FLNG e compará-lo com outras alternativas, como por exemplo a instalação de novos gasodutos submarinos. Se a implementação de uma unidade flutuante se revelar a alternativa mais viável, técnica e economicamente, uma nova licitação será aberta para escolher, entre os três grupos a concurso, qual será o responsável pela construção e operação da unidade, cuja conclusão está prevista para Julho de 2015.
Se for em frente, esta unidade flutuante para a exploração e liquefacção de gás natural (que a Galp diz ser um “projecto único no mundo”) irá operar nos blocos 9 e 11, a cerca de 300 quilómetros da costa brasileira. A capacidade de processamento será de até 14 milhões de metros cúbicos por dia de gás.
Na região da camada pré-sal da bacia de Santos, a Galp Energia detém participações nos blocos BM-S-11 (10%), BM-S-8 (14%), BM-S-21 (20%) e BM-S-24 (20%), onde estão localizados, entre outros, os campos petrolíferos Tupi, Iara e Júpiter.
Fonte: Jornal de Negócios
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