sábado, 19 de dezembro de 2009

Doping em Sydney 2000: Atletas prejudicadas por Marion Jones perdem 1ª batalha


As atletas que conquistaram medalhas nas provas de estafetas dos Jogos Olímpicos de Sydney 2000, e que foram desclassificadas por doping de Marion Jones, perderam a primeira batalha no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), organismo no qual apresentaram um recurso para tentar reaver as medalhas.
Em Sydney 2000, os EUA foram representados na final dos 4x100m por Marion Jones (na foto), Torri Edwards, Chryste Gaines e Nanceen Perry, e conquistaram a medalha de bronze; a final dos 4x400m foi ganha pelas norte-americanas Jones, Latasha Colander, Monique Hennagan e Jearl Miles-Clark.
Marion Jones foi posteriormente desclassificada quando admitiu ter recorrido a dopagem antes dos Jogos, confissão feita num acordo judicial com as autoridades norte-americanas, relativo a falsos testemunhos prestados a agentes federais quando estes a investigavam por ser cliente de um esquema de doping.
Recorreram para o TAS LaTasha Colander, Jearl Miles-Clark, Torri Edwards, Chryste Gaines, Monique Hennagan, Passion Richardson (correu na primeira eliminatória e nas meias-finais dos 4x100m) Andrea Anderson (primeira eliminatória dos 4x400m). Mas a decisão preliminar, que versou sobre o direito de o Comité Olímpico Internacional (COI) as desclassificar, foi-lhes desfavorável.
Perante o TAS, as atletas argumentaram que as medalhas não lhes poderiam ter sido retiradas, devido a uma regra da Carta Olímpica, que diz que “nenhuma decisão tomada no contexto de uns Jogos Olímpicos pode ser posta em causa após o prazo de três anos desde o dia da cerimónia de encerramento desses Jogos”. A desclassificação de Marion Jones, e em consequência das estafetas de 4x100m e 4x400m, foi decretada com base no código mundial antidoping, que permite sancionar casos de dopagem até oito anos após o acto.
Para o painel do TAS que analisou o recurso, o COI “não tomou uma 'decisão'” ao “implementar os rankings e entregar as medalhas nas cerimónias de vitórias”, “apenas aplicou os dados estabelecidos e reencaminhou-os para as federações internacionais competentes”.
“No caso dos Jogos de Sydney, a desqualificação de Marion Jones, ordenada primeiramente pela IAAF [Associação Internacional das Federações de Atletismo] e seguida pelo COI, causou alterações nos resultados das competições em que Marion Jones participou, incluindo as estafetas de 4x100m e 4x400m. O painel do TAS considerou que a regra dos três anos não impedia o COI de retirar as medalhas que foram entregues nas cerimónias de vitória porque a distribuição de medalhas, que ocorreu logo após as corridas, não foi em si uma 'decisão'”, pode ler-se no comunicado do tribunal, que agora vai “convocar as duas partes para uma audição”, para depois anunciar uma decisão “tendo em conta os méritos da disputa”.
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