terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Brasil se compromete a dar US$ 230 milhões ao Haiti

O Brasil está disposto a dar mais de US$ 230 milhões em ajuda ao Haiti, mas a reconstrução do país deve ser feita pelo próprio governo haitiano, disse nesta segunda-feira o chanceler Celso Amorim.

"Não temos que perder de vista que o centro de todo o esforço de reconstrução é um governo haitiano com capacidade para governar", disse Amorim em uma coletiva de imprensa em Montreal.

Os "países amigos" do Haiti iniciaram nesta segunda-feira uma conferência na cidade canadense para definir um plano de reconstrução do país caribenho, o mais pobre do continente, devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro.

Segundo o chanceler, o total de ajuda prometida pelo Brasil é de cerca de US$ 230 milhões, incluindo a militar enviada para a missão da ONU, além de US$ 15 milhões de fundos de emergência.

Amorim, chanceler do país que envia mais soldados para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), disse que a estratégia geral de uma reconstrução haitiana deve ser "fazer mais e melhor".

"Não é questão de fazer tudo diferente", insistiu. "São projetos que funcionam a longo prazo como, por exemplo o reflorestamento que o Brasil está desenvolvendo. São planos que levam anos".

Soldados
O Brasil disse estar disposto a aumentar de 1.300 para 2.600 seu número de soldados no Haiti, após a recente decisão da ONU de aumentar para 12.650 os efetivo da Minustah.

"A Minustah não deve ter uma presença ofensiva como se fosse uma força de ocupação", falou o chanceler.

Ele negou que os soldados enviados pelos Estados Unidos após o terremoto tenham criado problemas no território. "Falei muito com os comandantes brasileiros (no Haiti) e nenhum deles se queixou (...). Os Estados Unidos estão ajudando e cada grupo tem seu papel", explicou.

Cuba, Venezuela e Nicarágua acusaram os Estados Unidos de enviarem 20 mil soldados para o Haiti com o objetivo de tirar proveito da situação humanitária no país e aumentar sua presença militar na área.

Além de Celso Amorim, estão presentes na reunião de Montreal o primeiro-ministro haitiano, Jean Max Bellerive, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, o chefe da diplomacia francesa, Bernard Kouchner, e representantes da Argentina, Chile, Costa Rica, Espanha, Japão, México, Peru e Uruguai.


Fonte: eBand

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