O Instituto Butantan começa a realizar nos próximos dias ensaios clínicos para testar a eficiência de uma substância que pode dobrar o poder da vacina contra a influenza A H1N1 – gripe suína.
Isso faria com que o custo das doses caísse pela metade. Desenvolvida e patenteada pelo instituto, a substância adjuvante já foi testada em outras vacinas e mostrou eficiência.
“Com esse produto, a vacina fica com o poder imunogênico duplicado, ou seja, com metade da dose, imuniza-se uma pessoa”, explicou ontem o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata.
Para o início dos testes, é necessária ainda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Barata espera uma aprovação rápida da agência e o início da produção com a substância em março. “Se o teste der certo – já sabemos que vai dar certo, porque fizemos testes para outras vacinas – vamos pôr o adjuvante e, com isso, conseguiremos multiplicar o número de doses da vacina”, disse. Segundo ele, é possível que a campanha nacional de vacinação, que deverá ter início em março ou abril, já conte com doses da vacina produzida com a substância.
O Butantan ainda não tem capacidade de produzir totalmente a vacina contra a gripe A a partir de uma cepa do vírus. A substância desenvolvida no instituto faz com que, partindo de doses produzidas por outros países - como os Estados Unidos e a França -, a vacina possa ser replicada. Apenas em 2011, o instituto prevê a conclusão de sua fábrica própria da vacina contra a gripe suína, que terá tecnologia transferida da França. Neste ano o instituto deverá estar pronto para produzir, também com tecnologia transferida da França, a vacina contra a gripe comum.
O Ministério da Saúde informou ontem que já adquiriu 83 milhões de doses de vacina contra a gripe suína. Em novembro do ano passado, o ministério havia comprado 40 milhões de doses do Glaxo Smith Kline (GSK). Além disso, comprou 33 milhões de doses, importadas pelo Instituto Butantan, que serão entregues até o mês de março. Na última semana, firmou contrato para a obtenção de 10 milhões de doses do Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Oito milhões de doses foram adquiridas pelo Butantan no contrato de transferência de tecnologia do laboratório francês Sanofi-Pasteur para produção de vacinas no instituto.
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