quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Confrontos em Lisboa: Maria José Morgado é testemunha de acusação

A procuradora-geral adjunta do Ministério Público Maria José Morgado vai ser testemunha de acusação no processo contra Carlos Varela por alegada agressão a dois polícias, após confrontos físicos na semana passada no Campus da Justiça de Lisboa.

O jovem, de 22 anos, foi detido a 15 de Janeiro passado na sequência de confrontos que se seguiram à condenação do homicida do seu irmão, Eucrides Varela, ex-aluno da Casa Pia de Lisboa assassinado à facada no Colégio Pina Manique a 12 de Dezembro de 2008.

Luís Oom, advogado de Carlos Miguel Varela no processo de agressão contra dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), disse hoje à agência Lusa que a responsável pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, Maria José Morgado, juntamente com a procuradora do Ministério Público responsável pela acusação no homicídio de Eucrides Varela, Olga Barata, foram arroladas como testemunhas de acusação.

O causídico adiantou que foi notificado hoje de que as duas procuradoras serão testemunhas dos polícias Miguel Bonifácio e Hugo Soares, que acusam o jovem de os ter agredido depois de um confronto entre familiares da vítima e amigos do homicida, que levaram à intervenção policial.

Em declarações à Lusa, o advogado Luís Oom não manifestou estranheza pela constituição como testemunhas de Maria José Morgado e de Olga Barata, que "têm todo o direito e a legitimidade para o fazerem", mas sublinhou que "não é todos os dias" que se vê duas procuradoras serem arroladas como testemunhas num processo deste tipo.

Luís Oom manifestou "alguma curiosidade" acerca do que as duas procuradoras irão testemunhar sobre o que viram, uma vez que o seu cliente é acusado nos autos de ter "atirado pedras da calçada e agredido com socos, pontapés, cotoveladas e cabeçadas" os dois polícias, mas as imagens televisivas dos vários canais que viu sobre os acontecimentos não o confirmam.

Contactada pela Lusa, a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado confirmou que foi arrolada como testemunha no processo, mas escusou-se a fazer qualquer comentário.

O julgamento sumário de Carlos Miguel Varela, que esteve para se realizar no dia da detenção, foi adiado para 26 de Fevereiro, depois de o seu advogado ter solicitado ao juiz de Pequena Instância Criminal de Lisboa responsável pelo processo um prazo para preparar a defesa.

A detenção do jovem ocorreu depois de confrontos no Campus da Justiça que se seguiram à condenação de Ruben Moreno a 16 anos e oito meses de prisão pelo homicídio de Eucrides Varela, na sequência de desentendimentos entre grupos rivais.

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