Os cofres públicos terão que suportar o impacto da nacionalização do Banco Português de Negócios, disse hoje, quarta-feira, o presidente da Caixa Geral de Depósitos, que garantiu no entanto que o custo será reduzido.
"Só no final do processo de privatização será possível apurar [os custos que o Estado terá com a nacionalização do BPN]. Não tenho dúvida que algum custo haverá", disse hoje, quarta-feira, o presidente do banco público, Faria de Oliveira, na Assembleia da República.
Contudo, Faria de Oliveira assegurou que "é um custo claramente recomendável para evitar um mal muito maior, com o risco de se estender ao resto do sistema financeiro português a crise".
O presidente da CGD falava em audição na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, a pedido dos deputados do CDS/PP.
Faria de Oliveira frisou que "serão valores muito reduzidos", recordando que "o papel comercial do BPN emitido com garantia do Estado serve como colateral ao financiamento da CGD junto do BCE", pelo que esta é "uma operação neutra".
"Hoje o BPN tem condições para ser privatizado", assegurou o presidente da CGD, apontando para "as potencialidades de sinergias dos eventuais interessados em crescer no mercado português".
"Durante o ano de 2009, a concessão destes financiamentos para apoiar necessidades de liquidez no BPN não tiveram qualquer efeito negativo na nossa capacidade de financiar a economia", voltou a reforçar Faria de Oliveira.
Fonte: Jornal de Notícias
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