terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Frio: Vaga siberiana já matou dezenas de pessoas na Europa

O frio siberiano que continua a fustigar sobretudo o Leste europeu já matou dezenas de pessoas, estando as temperaturas polares a avançar para Oeste e Sudoeste.

Na segunda-feira, o frio matou na Polónia dez pessoas, que se somaram às 11 que tinham falecido no domingo.

Ao todo, desde Novembro, as baixas temperaturas já mataram no país 212 pessoas, segundo um porta-voz da polícia polaca, Kamila Szala, que adiantou que as vítimas são homens entre os 35 e os 60 anos, sem residência fixa.

As estatísticas polacas deste inverno quase batem as do inverno 2005-2006, em que 233 pessoas morreram devido ao frio.

No Sul do país, o gelo e a neve causaram estragos nos cabos de transmissão de energia eléctrica, deixando às escuras cerca de cinco mil casas, indicou a célula de crise do Ministério do Interior.

Na Roménia, o inverno particularmente rigoroso matou, nas últimas 24 horas, mais 11 pessoas, tendo as temperaturas chegado aos 32 graus negativos na região Centro.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde assinala que, nos últimos seis dias, faleceram 33 pessoas por hipotermia.

Caso o frio persista, a capital romena, Bucareste, tenciona aumentar as importações de gás russo. As autoridades já decretaram uma "situação de emergência", que permitirá cortar, perante reservas insuficientes, o abastecimento aos grandes consumidores industriais.

Na Alemanha, o frio custou a vida a 14 sem-abrigo, um número recorde desde há 13 anos, de acordo com uma organização alemã de ajuda a pessoas sem domicílio fixo.

Hoje, o tráfego no aeroporto de Frankfurt esteve bastante perturbado, sendo que os serviços meteorológicos prevêem para quarta-feira ventos fortes acompanhados de queda de neve no Norte do país. Os termómetros deverão baixar aos -27º graus Celsius durante a noite.

Pela segunda vez consecutiva, várias escolas búlgaras tiveram de ser encerradas, ao passo que os serviços de limpeza de estradas tentam retirar o excesso de neve do pavimento.

A capital russa, Moscovo, assiste a um dos invernos mais rigorosos dos últimos 60 anos, com as temperaturas a chegarem hoje aos -26º.

Na região de Orel, a 380 quilómetros a sul do Moscovo, o termómetro registou -30º, obrigando ao fecho das escolas, e em Chuváchia o frio matou 13 pessoas desde 01 de Janeiro, segundo a agência russa Regnum.

"Pela primeira vez em 50 anos, não houve temperaturas positivas em todo o território russo europeu em meados de Janeiro", declarou Roman Vilfand, director do instituto meteorológico russo Gydromedtsentr.

Já no Sul da Europa, as cidades espanholas de Valência, Alicante e Múrcia estão sob alerta laranja devido à previsão de queda de neve e rajadas de vento.

A vaga de frio deverá atravessar a Espanha e passar depois para Marrocos e Argélia.

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