Helena Martins deu um ramo de flores aos autores do livro e confrontou os presentes: «Olhem para mim. Sou um ser humano»
Helena Martins tinha prometido uma manifestação pacífica à porta da editora que apresentou, esta quarta-feira, o livro «Porque não, casamento entre pessoas do mesmo sexo». No entanto, «a montanha pariu um rato», como disse a própria, e apenas Helena apareceu.
Depois das palavras dos autores, assumidamente contra o casamento homossexual, a lésbica interveio: «Vim aqui dar-vos um ramo de flores, o ramo da noiva, ironicamente.
Não podia deixar de vir aqui dialogar convosco e dar-vos o meu próprio livro: Porque sim.»
À plateia, Helena deixou um desafio: «Olhem para mim. Vejam pessoas concretas. Eu sou um ser humano.»
Criada no seio de uma família católica, a homossexual admitiu que os seus familiares «foram os primeiros a dizer que queriam era que eu fosse feliz». «Mas como é que posso ser feliz sem poder dizer: a minha mulher...», comentou.
Ao tvi24.pt, Helena Martins revelou que não vai poder ir à Assembleia da República na próxima sexta-feira, quando se adivinha a aprovação do casamento gay pela esquerda parlamentar. «No entanto, a minha companheira vai lá estar e temos planos de casar depois», disse.
«Mas mesmo que eu não quisesse casar, o importante é ter essa liberdade de escolha. Eu, aos 18 anos, achava que era heterossexual, tinha o sonho de casar. Por que é que esse direito me foi negado a partir do momento em que me assumi como gay?», questionou.
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