As autoridades portuguesas descobriram pelo menos 700 quilos de explosivos na casa de Óbidos que alegadamente servia de esconderijo a membros da ETA, mais do que a quantidade inicialmente estimada, disse hoje à Lusa fonte policial.
Na sexta feira, o comandante do Centro de Inativação de Explosivos da GNR, Hélder Barros, tinha dito aos jornalistas que tinha sido encontrada cerca de meia tonelada de explosivos na moradia de Casal de Avarela, concelho de Óbidos.
"Trata-se de uma garagem anexa a uma casa a qual contém uma grande quantidade de material explosivo e diversos ingredientes que são utilizados na sua fabricação artesanal", acrescentou Hélder Barros.
O capitão da GNR adiantou que algum do material encontrado, que disse não poder especificar, "estava, de facto, preparado para, com uma pequena alteração, ser introduzido no local e detonar", mas negou que pudesse explodir a qualquer momento.
Já hoje, fonte policial adiantou à Lusa que, afinal, havia pelo menos 700 quilos de explosivos escondidos dentro da moradia.
Os explosivos encontrados foram entretanto detonados, de forma controlada, numa pedreira próxima da casa.
A descoberta de 700 quilos de explosivos nesta casa de Óbidos é o maior golpe no grupo terrorista basco desde o verão de 2009, quando foram encontrados 500 quilos de material em 15 esconderijos em França.
Ao longo de todo o ano passado, foram desarticulados 22 esconderijos da ETA, dos quais 18 em França, o que permitiu confiscar cerca de uma tonelada de explosivos no total.
A agência EFE, citando fontes da luta antiterrorista em Espanha, informou sexta feira que dois espanhóis que desobedeceram e escaparam à GNR, depois de abandonarem aquela casa em Óbidos, são suspeitos de pertencerem à ETA, organização considerada terrorista que defende a independência do País Basco. A GNR e a PJ não relacionaram, até agora, este caso com a ETA, admitindo contudo que tem "contornos terroristas".
FC/MP
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