segunda-feira, 15 de março de 2010

Bolsas Europeias recuam pressionadas pela China, Índia e Moody s

As bolsas europeias fecharam a cair pressionadas pelos receios de que a China e a Índia limitem o crescimento económico para conter a inflação e pelo alerta da “Moody’s” de que os Estados Unidos e o Reino Unido correm o risco de perderem o “rating” de crédito ‘AAA’.

A BHP Billiton, a maior empresa mineira do mundo, esteve entre as empresas que maiores quedas tiveram entre os 19 grupos industriais europeus com a desvalorização dos metais. A BHP caiu 1,48% para 77,29 pence. A Deutsche Telekom, a maior empresa de telecomunicações da Europa, recuou 0,78% para 9,808 euros, depois da casa de investimento Bank of America ter cortado a recomendação para as acções de “neutral” para “underperform”.

A agência de notação financeira Moody’s advertiu que os Estados Unidos e o Reino Unido estão mais perto de perder o "rating" de crédito ‘AAA’, pois são os países com mais dívida, entre aqueles que têm a classificação máxima da dívida e terão de encontrar o equilíbrio que lhes permita reduzir o endividamento, sem penalizar o crescimento económico.

Outro dos factores que contribuiu para a queda das praças europeias, foram os receios de que a China e a Índia limitem o crescimento económico para conterem a inflação. “Que a China pode retirar dinheiro do mercado” já está a ser descontado. “Precisamos de um novo estímulo dos lucros ou dos dados económicos”, referiu o gestor de fundos do Semper Constantia Privatbank AG de Viena.

O índice holandês, AEX recuou 1,31% para 335,11 pontos, a maior queda entre os principais índices europeus, com o ING Groep a cair 2,65% para 7,126 euros.

O espanhol IBEX foi o segundo que caiu mais, a desvalorizar 1,08% para 1.0957,80 pontos, pressionado pelo Banco Santander que recuou 1,50% para 10,21 euros e a Telefónica que caiu 1,31% para 17,685 euros, depois do S&P ter reduzido a classificação de risco do sector bancário espanhol, reflectindo o risco de deterioração da economia, e igualando-a aos níveis que já tinham sido divulgados para países como os EUA, o Reino Unido e Portugal.

O Banco de Espanha também recomendou hoje às instituições financeiras que sejam “mais transparentes” e que façam “esforços suplementares” no que respeita às provisões que estão a fazer isto porque considera que 2010 será ainda marcado pela “tensão” no sector da construção.

O francês CAC, desvalorizou 0,93% para 3890,91 pontos. O inglês FTSE depreciou 0,57% para 5593,85 pontos e o alemão DAX caiu 0,70% para 5903,56 pontos.



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