O primeiro-ministro grego, George Papandreou, afirmou hoje que o seu país não pediu para ser resgatado, mas salientou que a União Europeia deve dispor das ferramentas necessárias para travar os ataques especulativos contra um dos seus Estados-membros. Nomeadamente, "uma arma carregada em cima da mesa".
Papandreou (na foto) sublinhou que deseja um apoio sólido da UE, não de dinheiro. “Seria muito útil se fosse evidente que a União Europeia tem uma arma carregada em cima da mesa, capaz de travar os especuladores e a especulação, algo que vai além dos nossos poderes, dos poderes de uma economia com a nossa dimensão”, afirmou o primeiro-ministro grego, citado pela Reuters, ao salientar que a UE tem de deter os ataques dos especuladores contra os Estados-membros com forte nível de endividamento.
A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou hoje a dizer que não há necessidade de debater uma eventual ajuda financeira à Grécia, pois não foi feito qualquer pedido formal de resgate. A Alemanha tem-se mostrado contra a eventualidade deste tipo de resgates, aludindo à possibilidade de o FMI dar essa ajuda, refere a Reuters
As incertezas em torno da necessidade de ajuda financeira da Grécia e de quem, nesse caso, a financiará, têm estado a penalizar os mercados accionistas, que hoje perderam generalizadamente terreno em toda a Europa.
Recorde-se que a Grécia tem estado sob forte pressão por parte da UE e dos mercados financeiros para reduzir o seu défice orçamental que, de acordo com os dados do seu banco central, atingiu 12,9% do PIB no ano passado – ligeiramente acima dos 12,7% estimados pelo governo, relembra o "The Wall Street Journal".
A Grécia, que culpa os especuladores pelo aumento dos seus custos com a obtenção de empréstimos, aludiu à possibilidade de a UE ponderar, na cimeira desta semana, sobre a criação de um pacote de resgate – a ser utilizado com qualquer Estado-membro em apuros.
Fonte: Jornal de Negócios
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