O líder do CDS-PP, Paulo Portas, lamentou hoje a rejeição da proposta democrata cristã para cortar um mês de salário dos políticos, que foi chumbada pela esquerda parlamentar no debate do Orçamento do Estado.
Em ano de sacrifícios, disse, "era preciso que os políticos dessem um sinal, que os membros do Governo, os deputados, o senhor Presidente da República, que os políticos pudessem prescindir de um mês de salário".
"O país pensa como nós mas não temos a maioria", acrescentou. A proposta foi duramente criticada pelo PS, PCP e BE, com o líder parlamentar comunista a considerar a medida "perigosa para o sistema democrático" e o deputado bloquista a acusar o CDS-PP de querer "lavar a consciência". "Os políticos em Portugal não ganham muito.
Não ganham mal, mas não ganham muito. Há transparência total", afirmou, sublinhando que "um deputado ganha menos 2500 euros por mês", disse.
Na reunião da comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, foi ainda rejeitada uma medida do CDS-PP para a prescrição de medicamentos em unidose.
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