O presidente da UEFA, Michel Platini, denunciou hoje, perante o Comité de Regiões da União Europeia, o "liberalismo desenfreado" que ameaça numerosos clubes de futebol profissionais, especialmente britânicos.
"Quando o futebol é gerido pelas 'regras' do liberalismo desenfreado, a sua saúde financeira fica ameaçada", disse o "patrão" do futebol europeu, para quem muitos destes clubes, que "pertencem a investidores privados", acabam por se ver obrigados a solicitar "ajuda aos municípios e às entidades públicas regionais para escapar à falência".
Por essa razão, sugeriu que os próprios clubes assumam a sua gestão segundo um plano que batizou de "fair-play financeiro" e que prevê que um clube que acumule dívidas e não apresente um equilíbrio financeiro durante um prazo de três anos deva "ser excluído da Liga dos Campeões".
"Há muita gente que vive da desordem económica actual e que beneficia disso", denunciou Platini, que defende uma alteração profunda no sistema vigente, que passaria a basear-se, "não na generosidade dos mecenas, mas sim nos princípios e nos orçamentos financeiros equilibrados e autosuficientes", nos quais "não se pode gastar mais do que aquilo que se ganha".
Segundo o presidente da UEFA, os grandes clubes europeus "já perceberam que o futebol profissional está à beira da falência" e querem aproveitar a oportunidade para "desenvolver um modelo económico mais viável".
De acordo com um relatório da UEFA publicado em Fevereiro, a dívida dos clubes da Premier League ascende a 3,8 biliões de euros e supera a dívida de todos os outros clubes que competem nas outras Ligas europeias.
O Comité das Regiões Europeias é uma instituição que congrega os representantes dos poderes locais de regionais da União Europeia (UE), conta com 344 membros originários dos 27 estados da EU, e tem um papel consultivo em relação à Comissão Europeia e ao Parlamento Europeu.
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