A Al-Qaeda e os activistas de grupos anarquistas e radicais de esquerda estão entre as principais ameaças à segurança durante a realização da cimeira da NATO que decorrerá no Parque das Nações, em Lisboa, no próximo mês de Novembro. São esperados cerca de 5000 participantes, dos quais 1500 dos EUA e 600 da Rússia.
A cinco meses da reunião de alto nível, as polícias e os serviços de informação já começaram a planear esta megaoperação de segurança. Ontem, no Gabinete Coordenador de Segurança (GCS), presidido pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, foi feita uma primeira análise sobre os principais riscos e ameaças a ter em conta.
O DN soube que já é praticamente certo que a NATO vá utilizar pelo menos um dos seus AWACS (Airborne Warning and Control System), que voam a alta altitude, silenciosamente, dotados de potentes radares capazes de detectar pequenos aviões, ou comunicações electrónicas no solo, sobre o céu do Parque das Nações.
Entre as preocupações destacam-se possíveis atentados da Al- -Qaeda. Embora nesta altura não exista nenhuma ameaça em concreto, as cimeiras da NATO enquadram-se nos critérios de selecção de alvos da jihad: um acontecimento com cobertura mediática mundial; a presença de líderes de países inimigos e um elevado número de vítimas que pode causar um atentado terrorista nesta reunião. Esperam-se cerca de 5000 participantes, além do facto de o Parque das Nações ser uma área de grande densidade populacional.
À semelhança do que tem acontecido noutras cimeiras da NATO, é previsível que grupos extremistas de esquerda e de anarquistas tentem causar distúrbios, infiltrando-se em manifestações de protesto legitimamente organizadas.
As autoridades, principalmente o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e o Serviço de Informações e Segurança (SIS), vão estar atentas à possível chegada de operacionais violentos do estrangeiro que já estão referenciados em confrontos com a polícia noutros países.
Segundo o relatório de 2010 da Europol, a actividade destes grupos cresceu 43% no último ano, com países mediterrâneos, como a vizinha Espanha, Grécia e Itália.
A Europol classifica estes grupos "terroristas" e alerta para a existência, em países da União Europeia, de campos de treino para operacionais, onde aprendem artes marciais, tácticas de guerrilha urbana e como reagir contra a acção policial.
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