A administração da PT prepara-se para decidir a convocatória de uma Assembleia Geral para que os accionistas decidam sobre a nova proposta da Telefónica, que subiu a oferta pela Vivo para perto de 6,5 mil milhões de euros, apurou o Negócios.
A decisão pode ser entendida como uma aprovação da oferta pela administração, que ainda há dias recusava vender. Isto acontece depois de uma subida do preço, de 5,7 para perto de 6,5 mil milhões de euros, que segundo apurou o Negócios é o valor que a Telefónica agora oferece pela participação de 29% da PT na Vivo.
O valor subiu depois de dois dias de negociações intensas em Lisboa, entre accionistas da PT e negociadores da Telefónica (enviados da própria empresa, bancos assessores e advogados).
Neste momento, nenhuma destas informações é oficial, tendo sido recolhidas pelo Negócios junto das suas fontes. A administração da PT está reunida de urgência em Lisboa, numa reunião em que vai decidir não rejeitar a nova oferta (ao contrário do que fez na primeira), e remetê-la para apreciação dos accionistas em Assembleia Geral.
Esta decisão cumpre os desejos da Telefónica, que desde o início defendeu que a administração devia remeter a decisão para assembleia geral.
A Telefónica, recorde-se, reparte o controlo da brasileira Vivo com a Portugal Telecom: ambas têm 50% da Brasicel, "holding" que detém perto de 60% da operadora brasileira Vivo (o resto está disperso em Bolsa). Há muito que a relação paritária desagrada a ambos os lados, que sempre se disseram compradores. Mas foi a Telefónica que avançou.
A oferta inicial da Telefónica foi considerada hostil, rejeitada pela admiinstração e muito criticada por vários accionistas. Mas, uma vez revista em 800 milhões de euros, a administração e os accionistas mudaram de opinião.
Fonte: Jornal de Negócios
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