quinta-feira, 15 de julho de 2010

Insulina inalável pode ajudar doentes com Alzheimer

Inalar insulina pode melhorar a memória de pacientes com sintomas iniciais da doença de Alzheimer, segundo um estudo de investigadores norte-americanos, apresentado numa reunião da Associação de Alzheimer, em Honolulu.

Os pacientes que receberam o tratamento durante quatro meses apresentaram melhorias nos exames de recuperação da memória, que duraram dois meses.

«Acreditamos que os resultados são muito promissores e que podem ajudar em estudos futuros», disse Suzanne Craft, do VA Puget Sound Health Care System e da Universidade de Washington, em Seattle, que apresentou as suas descobertas em Honolulu.

A doença de Alzheimer é uma deterioração fatal e incurável do cérebro que afecta 26 milhões de pessoas em todo o mundo. É a forma mais comum de demência.

Vários estudos sugerem que pessoas com Alzheimer têm níveis reduzidos de insulina no cérebro, mesmo em estágios mais adiantados. A insulina é importante para a comunicação entre as células cerebrais e é necessária para o funcionamento do cérebro.

A equipa de Craft queria ver o que aconteceria se eles recebessem insulina directamente no cérebro.

Para o efeito, estudaram 109 pacientes, não diabéticos, com doença de Alzheimer ou uma pré-condição chamada comprometimento cognitivo ligeiro.

Um terço dos pacientes recebeu um placebo e os outros dois terços, diferentes doses de insulina, carregadas num nebulizador e esguichadas no nariz, duas vezes por dia, durante quatro meses.

Os pacientes que receberam a menor dose de insulina mostraram melhorias significativas em alguns testes de memória, mas não mostraram nenhuma mudança num teste de memória e aprendizagem ou num teste de habilidade para realizar actividades diárias.

Em 15 doentes tratados com insulina, a equipa encontrou uma ligação entre a melhoria da memória e das medidas de proteínas-chave relacionadas com a doença de Alzheimer.

A investigadora disse que o tratamento está longe de ser útil para os pacientes, mas os resultados são fortes o suficiente para serem estudados em larga escala clínica.

Os medicamentos actuais para a doença de Alzheimer apenas tratam os sintomas, mas nenhum melhora a memória dos pacientes.


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