O Presidente dos EUA anunciou hoje que a notícia do aumento dos pedidos de subsídio de desemprego revela que as pequenas empresas têm que ser mais apoiadas.
O Departamento do Trabalho dos EUA revelou hoje que os pedidos de subsidio de desemprego aumentaram em 12.000, para os 500.000, na semana que terminou a 14 de Agosto. Este é o valor mais alto desde Novembro, e superou todas as previsões dos analistas.
Face a estes dados, Barack Obama deu hoje uma conferência de imprensa na Casa Branca, na qual defendeu a necessidade urgente de o Congresso tomar medidas legislativas no sentido cortar impostos e de facilitar o acesso ao crédito às pequenas empresas.
“As pequenas empresas e os bancos de pequena dimensão que emprestam dinheiro às pequenas empresas têm ficado para trás”, afirmou Obama. “Se queremos que a economia crie mais empregos, mais rapidamente, temos que ajudá-los”, concluiu.
Barack Obama procura nesta altura que seja aprovada uma lei de apoio às pequenas empresas. O projecto de lei procura flexibilizar os termos em que os empréstimos são concedidos pela “Small Business Administration” e providenciaria 12 mil milhões de dólares (9,3 mil milhões de euros) em cortes nos impostos para as pequenas empresas.
O projecto-lei foi chumbado pelos Republicanos por estes considerarem que a mesma constitui um acto de salvamento semelhante ao resgate do sector bancário (de 700 mil milhões de dólares) que teve lugar em 2008. De acordo com os senadores republicanos mais críticos, a lei, se aprovada, poderia levar a que os bancos concedessem empréstimos demasiado arriscados.
Assim, e numa altura em que as campanhas para as eleições estaduais e no Congresso estão a começar, a economia surge como um dos temas mais importantes para os eleitores. Tendo isso em conta, Obama criticou igualmente aqueles que, nesta conjuntura, agem tendo em vista apenas interesses políticos.
“Haverá tempo de sobra, entre agora e Novembro, para ‘brincar’ à política”, assegurou, desafiando de seguida todos a “pôr de lado as questões partidárias, e a trabalharem em conjunto”. Defendeu igualmente que o projecto-lei de ajuda às pequenas empresas deverá ser “o primeiro a sair do Congresso”, depois das férias de Agosto.
In' Jornal de Negócios
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