A Agência Europeia do Medicamento recomendou hoje, quinta-feira, a retirada do mercado do antidiabético Avandia, que se vende em Portugal.
De acordo com um comunicado hoje, quinta-feira, divulgado pela Agência Europeia do Medicamento (EMEA), o Avandia deixará de estar disponível na Europa nos próximos meses.
A Agência recomenda aos pacientes que usam este fármaco que consultem os seus médicos para definirem tratamentos alternativos adequados. No entanto, a EMEA aconselha estas pessoas a que não deixem de tomar o medicamento sem antes consultarem um profissional.
O Avandia, utilizado em doentes adultos que sofrem de diabetes do tipo II e que tem como substância activa a Rosiglitazona, é comercializado em Portugal em embalagens de dois, quatro e oito miligramas.
Os efeitos secundários do Avandia no sistema cardiovascular têm sido objecto de acesas discussões.
Em Julho, a maioria dos peritos do conselho consultivo da agência norte-americana do medicamento votou pela manutenção do Avandia, mas recomendou medidas para restringir a prescrição do fármaco.
Segundo as agências internacionais de notícias, dos 33 peritos reunidos a pedido da autoridade norte-americana do medicamento (FDA) apenas 12 recomendaram a retirada do Avandia do mercado.
A FDA convocou o conselho consultivo de especialistas para ajudar a analisar os riscos do medicamento, depois de uma antiga responsável deste organismo ter acusado o laboratório GlaxoSmithKline de esconder informações sobre o aumento de risco cardíaco associado ao remédio vendido desde 1999.
Contactada pela Lusa, fonte do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento) referiu que o organismo segue as recomendações da EMEA.
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