quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bolsa afunda mais de 1% com falta de acordo sobre o Orçamento

O PSI-20 fechou em forte queda, com oito cotadas a perder mais de 2% e sete mais de 1%, no dia em que se soube que PS e PSD não conseguiram chegar a um acordo sobre o Orçamento do Estado para 2011.


O principal índice da bolsa nacional ( PSI-20) negociou nos 7.927,32 pontos com 18 acções em queda e duas a subir.

O principal índice da bolsa nacional ( PSI-20) negociou nos 7.927,32 pontos com 18 acções em queda e duas a subir. Na Europa, os índices também estão em terreno negativo, penalizados por resultados que ficaram aquém das estimativas.

Por cá, a bolsa iniciou a valorizar, mas inverteu após a notícia de um fracasso no acordo sobre o OE 2011 entre Governo e PSD.

A bolsa de Lisboa inverteu a tendência de ganhos da manhã com o anúncio de Eduardo Catroga de que não conseguiu chegar a acordo com o Ministro das Finanças para o Orçamento do Estado de 2001.

O líder da equipa negocial do PSD anunciou esta manhã que não foi possível chegar a uma plataforma de entendimento com o Governo sobre a proposta de Orçamento para o próximo ano. Mesmo sem acordo, os sociais-democratas ponderam viabilizar o documento, em nome do interesse nacional. A decisão final é anunciada por Passos Coelho esta noite.

Já o ministro das Finanças garantiu hoje que se não houve acordo com o PSD foi porque lhe foram apresentadas propostas que não garantiam a redução do défice para os 4,6% prometidos a Bruxelas para 2011. Acusou ainda os sociais-democratas de quererem "esconder" despesa no Orçamento do Estado para o próximo ano.

Está assim instalado o impasse rumo à aprovação do Orçamento do Estado, o que está a penalizar não apenas o mercado accionista como também os juros das obrigações nacionais.

No caso do PSI-20, as quedas foram generalizadas com o sector da banca. O BCP caiu 2,84% para os 0,651 euros, o BES perdeu 2,36% para os 3,521 euros e o BPI deslizou 2,45% para os 1,551 euros.

A EDP também foi determinante para a tendência com uma desvalorização de 1,18% para os 2,674 euros. No restante sector, a EDP Renováveis escorregou 2,19% para os 4,161 euros enquanto a Galp Energia contrariou com uma subida de 0,08% para os 13,28 euros.

Além da petrolífera fechou com a ganhos a Zon. A tecnológica subiu 1,66% para os 3,864 euros, mas chegou a disparar mais 7% na sessão, renovando máximos de Fevereiro.

In' Jornal de Negócios

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