quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Euro sobe 1% com expectativas de ajudas do BCE

Expectativa de que o BCE possa anunciar medidas para ajudar a combater a crise de dívida na Europa está a aumentar. E está também a animar a negociação da moeda única europeia.


O euro sobe 0,94% para 1,3105 dólares, tendo já subido mais de 1%, depois de ontem ter chegado a negociar no valor mais baixo das últimas dez semanas ao transaccionar abaixo dos 1,30 dólares (nos 1,2969 dólares).

O Banco Central Europeu (BCE) vai amanhar revelar as decisões tomadas no conselho de governadores, e os investidores estão a acreditar que a autoridade vai tomar medidas que tentar travar a crise de dívida que impera na Europa.

O mercado espera que a autoridade liderada por Jean-Claude Trichet adie a retirada das medidas extraordinárias de forma a aliviar a pressão sobre os Estados-membros. E poderá mesmo anunciar mais ajudas.


“O euro estabilizou depois dos comentários do presidente do BCE sugerem que o BCE possa ponderar expandir o programa de compra de obrigações soberanas”, afirmou à agência AFP Lee Hardman, analista do Bank of Tokyo-Mitsubishi.

“O BCE vai precisar de continuar a fornecer ajuda excepcional, apesar das indicações anteriores”, salientou um analista do ABN-Amro numa nota de research, citado pela AFP.

Em causa está a cedência de liquidez ilimitada à banca a uma taxa fixa de 1% (quando o normal é que esta taxa seja variável e superior à taxa directora), bem como a compra de obrigações dos Estados.

A decisão será revelada amanhã, dia em que se prevê que o BCE mantenha o preço do dinheiro no mínimo histórico de 1%, nível em que se encontra desde Maio de 2009.

A moeda única tem estado sob forte pressão devido à crise de dívida e à especulação de que, além da Grécia e da Irlanda, outros Estados-membros vão precisar de ajuda financeira internacional, como o caso de Portugal e de Espanha.

O euro encerrou o mês de Novembro com uma perda de 6,9%, o que significa a descida mais pronunciada desde Maio deste ano, período em que a Grécia se viu obrigada a solicitar a ajuda financeira do fundo constituído pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O euro terminou o mês de Maio com uma depreciação mensal de 7,43%.

A moeda única europeia coloca, deste modo, termo a um ciclo de dois meses de ganhos, período em que apreciou 10% face ao dólar. Desde o início do ano, a queda acumulada aproxima-se dos 9%.

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