terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Hackers alertam para falhas na segurança dos sites portugueses

Especialistas dizem que Portugal está tecnologicamente desenvolvido mas consideram «irónico» estar tão «fragilizado online»

Vários especialistas internacionais em segurança de aplicações na Internet alertaram esta terça-feira para as vulnerabilidades dos sites portugueses e defenderam a necessidade de Portugal despertar para o problema como uma questão estratégica.

«Se houver uma intenção criminosa de se entrar nos sítios portugueses estão quase todos vulneráveis», afirmou o português Dinis Cruz, director da OWASP (Open Web Application Security), organização internacional especializada em segurança de aplicações na Internet, escreve a Lusa.

«Portugal está tecnologicamente desenvolvido e é irónico estar tão fragilizado online», sublinhou o especialista, durante o encontro anual de vários especialistas em segurança na Internet, que decorre em Torres Vedras.

Vulnerabilidade dá azo a roubo de identidades

Os chamados hackers profissionais demonstraram como é possível entrar em sites vulneráveis, dando azo ao roubo de identidades e dados pessoais, de dinheiro pelo acesso a contas bancárias online e de informação, assim como ao uso malicioso de produtos de empresas.

No encontro, participam especialistas como Jason Taylor, criador de uma das versões do Internet Explorer, e Michael Coates, investigador do Firefox, um dos navegadores alternativos ao Internet Explorer.

«Os sítios do Estado também não são protegidos», alertou Diniz Cruz, para quem o próprio sistema de segurança interna do país «está em causa».

Para os especialistas, Portugal está num nível de não reconhecer as falhas de segurança da Internet como um problema, pelo que «não tem uma indústria forte em segurança de aplicações».

Outro dos problemas passa pela legislação que torna os ataques dos hackers ilegais, não permitindo aos profissionais demonstrarem as fragilidades das aplicações de segurança na Internet e apontar soluções.

«Portugal tem uma oportunidade de se associar a um parceiro tecnológico», frisou Dinis Cruz. Como primeiro passo, a OWASP acordou com a Agência para a Sociedade do Conhecimento vir a estabelecer um protocolo, destinado a criar em Portugal uma academia que vai dar formação na área, sobretudo a estudantes universitários.

No encontro, que decorre até sexta-feira em Torres Vedras, participam 180 especialistas da OWASP, apresentando projectos de investigação e identificando problemas e soluções no âmbito das falhas nas aplicações de segurança na Internet.

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