quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ministro brasileiro diz que preços da Galp levaram à desistência da compra pela Petrobras

A compra da Galp Energia não era vantajosa para a petrolífera brasileira, diz o membro do Executivo.


O ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, afirmou que os preços cobrados foram a justificação para a Petrobras ter desistido de comprar a participação que a italiana Eni tem na Galp Energia.

Segundo o “Estado de São Paulo”, os preços não se inseriam nos parâmetros de obtenção de lucros para a empresa, nas palavras do ministro.

“A Petrobras examinou essa possibilidade de associação com a Galp, mas chegou à conclusão de que no momento ela não é vantajosa aos interesses da Petrobras”, referiu Lobão sobre as negociações oficialmente terminadas a 7 de Fevereiro.

Inicialmente, aquando da notícia da desistência das negociações para a concretização do negócio, o “Expresso” tinha referido os atrasos sucessivos causados nas negociações, que envolviam o Ministério das Finanças, a Sonangol e a Américo Amorim, como o motivo para que a entrada da petrolífera brasileira na Galp não tivesse acontecido.

Previa-se que a empresa passasse a deter 25% do capital da cotada portuguesa, sendo que os restantes 8% que combinavam a propriedade total da Eni seriam comprados pelo Estado português para, posteriormente, serem colocado junto de outros investidores.

A italiana, segundo o seu CEO, Paolo Scaroni, não está em conversações para vender a participação que detém na Galp.

Por outro lado, os angolanos da Petrobras estão dispostos a substituir a empresa brasileira, noticiou o Negócios na semana passada. Estes têm 45% do capital da Amorim Energia, que por sua vez controla 33,34% da Galp.

De acordo com a publicação "Estado de São Paulo", uma cláusula contratual previa que a Eni permanecesse no capital da empresa liderada por Faria de Oliveira até 30 de Dezembro de 2010, tendo Sócrates fechado um acordo com Lula da Silva que previa a aquisição.

A petrolífera nacional segue a cair 0,85% para os 15,075 euros, tendo já estado a cotar na sessão de hoje nos 14,95 euros. É a cotada que mais está a pressionar o PSI-20. Já a Petrobras quebrou ontem 0,96% para os 26,96 reais.


Fonte: Jornal de Negócios

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