quinta-feira, 26 de maio de 2011

Suíça vai abandonar a energia nuclear

Depois do acidente nuclear que ocorreu em Fukushima, o governo suíço decidiu pôr fim à energia nuclear no país. Como alternativa, serão promovidas as energias renováveis, a energia hídrica, a co-geração e as centrais de ciclo combinado.

O governo suíço decidiu por fim à energia nuclear. As cinco centrais do país serão desmanteladas progressivamente até 2034.

Esta decisão era muito esperada, desde o acidente nuclear que ocorreu na central de Fukushima, no Japão. Poucos dias após o acidente, a ministra da energia Doris Leuthard anunciou uma moratória sobre as três centrais nucleares a construir e avançou que o governo iria analisar o futuro das cinco existentes.

Na Suíça, a energia nuclear corresponde a 40% do total de energia consumida. É um dos países da Europa com maior utilização deste tipo de energia.

Relativamente a fenómenos naturais, apresenta um risco moderado de sismos à excepção da Basileia onde o risco é mais elevado. Os especialistas temem que um sismo neste país poderia alcançar o nível 7 na escala de Richter que poderia traduzir-se em tsunamis nos grandes lagos do país.

O primeiro reactor a ser desactivado será o de Beznau, em 2019. No último domingo, mais de 20 mil pessoas de todos os cantões manifestaram-se junto a esta central, contra a energia nuclear. Foi a maior manifestação contra as centrais nucleares no país, nos últimos 25 anos.

O abandono da energia nuclear apresenta elevados gastos para o país. Segundo estimativas do governo custará aos contribuintes cerca de 1800 a 3100 milhões de euros.

Em alternativa à energia nuclear o governo suíço pretende promover as energias renováveis, a energia hídrica, a co-geração e as centrais de ciclo combinado.

Depois da crise nuclear no Japão, vários países europeus têm estado a reconsiderar a sua política nuclear. Na Alemanha no dia 6 de Junho, um referendo irá ditar o futuro da energia nuclear no país.
Por sua vez, a Itália que tinha regressado à energia nuclear em 2009, suspendeu a sua nova política e também submeterá esta questão a votação popular nos dias 12 e 13 de Junho.

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Fonte: Naturlink

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