sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fitch: Extensão das maturidades dos empréstimos é favorável para o "rating" português



Progresso na consolidação das contas públicas será o principal motor para uma alteração ao "rating" português por parte da agência de notação financeira.

A decisão de reduzir o custo e prolongar a maturidade dos empréstimos incluídos no resgates financeiros na Europa “é favorável para as dinâmicas de dívida pública e para o perfil de crédito da Irlanda e de Portugal”, disse a Fitch hoje em comunicado em reacção aos resultados da cimeira europeia de ontem.

Aquilo que vai motivar alterações às notações financeiras dos dois países passa pela “perspectiva para a recuperação económica” e pelo “progresso em colocar as finanças públicas num caminho sustentável”, revela o comunicado da Fitch.

Neste momento, Portugal tem um rating de “BBB-”, apenas um nível acima de “lixo”. A dívida irlandesa é considerada com “BBB”. Ambos permanecem, contudo, em vigilância “negativa”, o que refere que poderão acontecer cortes na notação de risco.

Aliás, se as finanças públicas portuguesas não estiverem “firmemente” nesse caminho sustentável até 2013 – ano em que ambos os países deverão ter de voltar ao mercado de financiamento primário –, as dívidas destas duas nações vão incorporar os riscos que enfrentam os detentores das suas obrigações.

Isto porque o envolvimento dos privados no pacote de resgate à Grécia cria “um possível precedente” que será reflectido, nesse caso, nas acções de “rating” soberano por parte da Fitch.
Ainda assim, a agência de classificação de risco até parece optimista quanto à situação europeia. “Uma resposta política mais unificada e coerente para a crise grega” acalma a pressão a curto prazo relativamente aos perfis do crédito soberano e dos “ratings” em toda a região.

Mesmo que haja ainda um caminho de recuperação pela frente que poderá ser vivido com episódios de volatilidade no mercado financeiro. O que faz com que permaneça uma pressão de descida da notação financeira.

Para a Fitch, o acordo a que os líderes europeus chegaram ontem representa um passo “importante e positivo” para a estabilidade financeira da Zona Euro, salienta David Riley, responsável pelos “ratings” soberanos da Fitch, no documento.


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