quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Brasil não escapa ao vermelho e toca em mínimos de Agosto de 2009

Previsões de desaceleração da economia brasileira e receios de abrandamento da economia norte-americana, além da possibilidade de perder o "rating" máximo, penalizam a negociação do Bovespa.

O índice brasileiro Bovespa está a deslizar pelo terceiro dia consecutivo e já tocou num mínimo de Agosto de 2009. O comportamento acompanha, assim, a tendência dos últimos dias da Europa e dos Estados Unidos.

Os investidores estão a fugir das acções com receios de que o crescimento económico nas maiores economias mundiais seja mais brando do que o esperado, o que os leva a afastarem-se de activos mais arriscados.

O Bovespa segue a perder 2,78% para 55.719,22 pontos. Mas já esteve a deslizar 3,76%, altura em que chegou ao mínimo de Agosto de 2009.

No fim de Julho, o índice brasileiro entrou naquele que se chama “bear market”, que significa um ciclo de duração prolongada em que se marca uma desvalorização superior a 20%. Uma queda que é vista desde Novembro de 2010, de acordo com a Bloomberg.

Ontem, o índice tinha já caído para mínimos de 2009 com o deslize do Itaú Unibanco, com os seus resultados a decepcionarem os analistas. Ontem, afundou 5%. Hoje está a perder mais de 2% e renova mínimos igualmente de há dois anos.

As perdas na bolsa brasileira justificam-se pela possibilidade de a economia brasileira estar a abrandar. Por exemplo, o Bank of America reduziu as suas previsões para o PIB do país. O banco norte-americano aponta para uma expansão de 3,6% em 2011, abaixo dos 4,1% anteriormente esperados. E, para 2012, a previsão de crescimento é de 4,2% e não de 4,6%.

Valores que ficam aquém dos hoje divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que antecipa que a economia brasileira registe neste ano uma desaceleração acentuada, tendo mantido em 4,1% a previsão para a evolução do PIB neste ano – valor que, em Julho, havia sido revisto em baixa de 4,5% e que compara com 7,5% em 2010. Em 2012, a economia voltará a desacelerar para 3,6%.

Além disso, os deslizes devem-se também à intensificação dos receios de que a economia norte-americana registe um abrandamento, com os últimos dados económicos que têm sido divulgados a mostrarem, por exemplo, o consumo privado em níveis mínimos de quase dois anos. Aliás, o mais recente medo é mesmo que os EUA possam voltar a entrar numa recessão.

O desempenho da bolsa do Brasil acaba por mostrar a desvalorização das acções dos mercados emergentes. O índice MSCI Emerging Markets cai 2,3% na sessão de hoje.


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