Kweku Adoboli. Este é o nome do operador do UBS preso hoje, em Londres, por estar relacionado com as operações “não autorizadas” que poderão levar o banco suíço aos prejuízos no terceiro trimestre.
O “Financial Times” avança que o UBS não quis confirmar este nome, dizendo apenas que a perda de 2 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) tinha sido causada por um “operador” e que este é um assunto em discussão interna. A polícia londrina falou apenas num homem de 31 anos.
Mas o nome Kweku Adoboli é aquele que circula na generalidade dos órgãos de comunicação social internacionais.
Nativo do Gana, Adoboli terá vivido perto de 20 anos no Reino Unido. “Um rapaz simpático”, indicou o senhorio, citado pelo “Financial Times”.
“Preciso de um milagre”. Terá sido esta a última actualização da página do Facebook de Adoboli. Foi colocada a 6 de Setembro, mas a página foi apagada.
A página do cidadão do Gana no LinkedIn, rede social de contactos profissionais, foi também entretanto apagada. Na mesma era indicado que era director de Trading de ETF (instrumento financeiro que está indexado a um índice, por exemplo) e de Delta 1 (instrumento derivado complexo semelhante ao transaccionado por Jérôme Kerviel, o operador preso por ter lesado o Société Générale, em 2008).
Adoboli tirou o seu curso na Universidade de Nottingham, revelava essa página do LinkedIn. A Bloomberg confirmou com uma porta-voz da instituição, que indicou que se licenciou em Julho de 2003, em Ciências Informáticas.
“O UBS identificou um prejuízo decorrente de uma operação de mercado não autorizada por parte de um operador do seu ramo da banca de investimento”. Esta foi a declaração do banco suíço que surpreendeu hoje os mercados e que levaram as suas acções a mínimos de Março de 2009.
A instituição financeira helvética deverá registar prejuízos no terceiro trimestre devido às perdas decorrentes desta operação, indicou o próprio UBS.
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