quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sondagem: Um em cada três alemães defende saída da Grécia da zona euro

80% dos alemães recusam dar um contributo financeiro à Grécia

Um em cada três alemães defende que a Grécia deve sair da zona euro, e 80% recusam dar um contributo financeiro ao país, de acordo com uma sondagem hoje divulgada pela televisão RTL e pelo semanário Stern.


Os participantes no mesmo inquérito de opinião levado a cabo pelo Instituto Forsa mostraram-se também muito cépticos quando a ajudas do Estado germânico a Atenas, solução só apoiada por 20% dos participantes.

Além disso, 37% dos inquiridos afirmaram que são a favor da saída da Grécia da zona euro, e sensivelmente a mesma percentagem exigiu que a dívida helénica seja reestruturada, o que equivale, na prática, a uma declaração de falência da Grécia.

O executivo liderado por Angela Merkel reiterou nos últimos dias o seu apoio à permanência da Grécia no clube da moeda única, afastando cenários de uma insolvência deste país.

A chanceler alertou mesmo para as "graves consequências" do abandono do euro por parte da Grécia, voltando a exigir, simultaneamente, que Atenas ponha em prática o programa de ajustamento económico negociado com a União Europeia e com o FMI, em Maio de 2010 para receber um primeiro empréstimo de 110 mil milhões de euros.

Os outros dois partidos que intregram o Governo alemão, liberais e democratas cristãos da Baviera (CSU), já falam em "insolvência controlada" da Grécia, e consideram-na um mal menor, ignorando os apelos à contenção verbal feitos pela chanceler.

Entretanto, o governo grego solicitou novo empréstimo de 109 mil milhões de euros às mesmas entidades, aprovado na cimeira de líderes da zona euro de 21 de Julho, em Bruxelas.

Porém, Atenas só receberá, no próximo mês, a tranche de oito mil milhões de euros ainda do primeiro empréstimo, que o executivo helénico já considerou essencial para fazer face aos seus compromissos perante os credores, com novo parecer favorável da 'troika', que está a examinar a execução das medidas de austeridade negociadas.

Em entrevista à RTP, na terça-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que uma eventual falência da Grécia poderia obrigar Portugal a pedir nova ajuda externa, depois de já ter obtido um empréstimo de 78 mil milhões de euros, em Junho, apesar de Lisboa estar a cumprir o memorando assinado com a UE e com o FMI.

Estas declarações de Passos Coelho estavam hoje a ser reproduzidas por vários órgãos de comunicação social alemães, no âmbito da crise grega.


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