sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Merkel responde a críticas sobre gestão da crise na Europa

A chanceler alemã quer respostas por parte de quem critica a actuação na Zona Euro, criticando os Estados Unidos e a China por rejeitarem a aplicação de um imposto global sobre transacções financeiras.

Angela Merkel deixou hoje um recado aos países de fora da Zona Euro que têm instado a UE a tomar mais medidas contra a crise da dívida.

Numa intervenção no congresso do sindicato IG Metall, a chanceler alemã disse que todos aqueles que têm pedido mais respostas contra a crise – como os EUA ou a China – podem começar por participar também, não se negando à criação de um imposto sobre as transacções financeiras, refere o “El País”.

Recorde-se que a União Europeia propõe esse imposto com o objectivo de arrecadar 57 mil milhões de euros a partir de 2014, data em que está previsto entrar em vigor. No entanto, o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, já veio advertir para o facto de este tipo de imposto só ter êxito se for global, relembra a mesma fonte.

Mas, conforme sublinha o “El País”, na própria União Europeia há quem não apoie este imposto sobre as transacções financeiras. É o caso do Reino Unido, um “opting-out” do euro (não faz parte da união monetária por decisão própria), que receia que o seu sector financeiro fuja para países menos regulados.

Dentro do G-20, os EUA e a China também se opõem a este imposto. Assim, uma vez que os Estados Unidos têm interpelado a UE vezes sem conta para aplicar mais medidas contra a crise – ainda hoje o secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, disse que a Europa tem de aplicar mais recursos e impor níveis de capital mais duros para a banca -, Merkel veio responder com este desafio lançado aos países que não apoiam o imposto global sobre transacções financeiras.

Recorde-se que os ministros da Economia do G-20 estão hoje reunidos em Paris, a preparar a cimeira de 3 e 4 de Novembro, que terá lugar em Cannes, sendo a “regulação dos mercados financeiros” e “a situação dos bancos em risco sistémico” os temas prioritários do encontro, sublinhou Merkel.

Hoje, na reunião do G-20, os Estados Unidos rejeitaram a ideia de duplicar os fundos disponíveis no Fundo Monetário Internacional.



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