terça-feira, 18 de outubro de 2011

Moody’s corta "rating" da dívida espanhola em dois níveis

A agência de notação financeira Moody’s decidiu cortar o "rating" de Espanha em dois níveis para "A1" e manteve o "outlook" negativo, o que significa que poderão ocorrer novos cortes.

A agência de notação explica que o corte se deve "ao contágio potencial" e "às fragilidades da economia".

“Espanha continua vulnerável às tensões do mercado”, sublinha a Moody’s no seu relatório, dizendo que desde que colocou o rating da dívida pública de Espanha sob revisão, no final de Julho, “não surgiu uma única resolução credível para a actual crise da dívida soberana e (…) vai demorar tempo até ser plenamente restabelecida a confiança na coesão política da Zona Euro e nas perspectivas de crescimento”.

Outro dos factores que levou ao corte da dívida soberana espanhola prende-se com o facto de as perspectivas de crescimento para o país, “já de si moderadas”, terem diminuído. Isto aconteceu devido ao deteriorar das perspectivas de crescimento para a Europa e resto do mundo, devido à difícil situação de financiamento para o sector bancário e ao seu impacto na economia mais abrangente.

“Especificamente, a Moody’s prevê agora que o crescimento do PIB real de Espanha em 2012 seja, na melhor das hipóteses de 1%, contra a anterior estimativa de 1,8%. (…) Para os anos seguintes, a Moody’s continua a prever um ritmo muito moderado de crescimento, em torno de 1,5% ao ano, em média”, acrescenta o comunicado.

O terceiro e último grande factor apontado pela agência de notação financeira tem a ver com o facto de “o menor crescimento económico levar, por sua vez, a que a concretização das ambiciosas metas orçamentais sejam ainda mais desafiantes para Espanha”.

“A Moody’s prevê que o défice orçamental para o sector público espanhol fique acima da meta, tanto este ano como no próximo. Muito em particular, a Moody’s continua a ter sérias preocupações em torno da situação de financiamento dos governos regionais [comunidades autónomas] e da sua capacidade para reduzirem os respectivos défices orçamentais conforme estipulado nos objectivos definidos”, salienta a agência.


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