quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cirurgia transforma olhos castanhos em azuis

 
Mudar a cor dos olhos pode vir a ser o novo boom das cirurgias estéticas. Um investigador da Califórnia garante conseguir transformar olhos castanhos em olhos azuis numa cirurgia que demora cerca de 20 segundos.

O procedimento desenvolvido por Gregg Homer utiliza o laser para remover a melanina, o pigmento que dá cor à pele.

O norte-americano refere que até as pessoas com olhos escuros têm pigmentação azul sob a camada castanha e que, por isso, utilizam um laser, configurado numa frequência específica, que apenas remove o pigmento da superfície da íris.

No entanto, o presidente do Colégio de Oftalmologia da Ordem dos Médicos, Florindo Esperancinha, afirma ao SOL que esta cirurgia «destrói tecidos intra-oculares» e só tem desvantagens. O médico diz que a intervenção pode até «provocar um glaucoma pigmentar».

Os olhos ficam com uma menor protecção aos raios luminosos devido à perda do pigmento, o que pode originar «o fenómeno do deslumbramento, que é como se tirássemos uma fotografia e abríssemos demais o diafragma e ela ficasse com um fundo branco», explica.

Se for aprovada pelas autoridades médicas, a operação é irreversível. A melanina não volta a crescer; não podendo ser substituída, a mudança da cor dos olhos é permanente.

O oftalmologista português refere que a validação deste procedimento implica ainda vários estudos e sublinha que o próprio investigador norte-americano fez um apelo para reunir fundos para a continuar o estudo.

Quanto ao futuro em Portugal, Esperancinha prevê que os potenciais «clientes», prefere chamar em vez de pacientes, serão pessoas que se queiram «valorizar esteticamente mesmo sabendo que há riscos».

Mas nem só da mudança de cor dos olhos vive a tecnologia desta área. São cada vez mais e melhores as técnicas aplicadas à visão ou ao controlo de doenças.

«A introdução de nano chips seja em lentes de contacto, subcutâneos ou em qualquer outra localização, vai modificar e muito a maneira como vemos o controlo de doenças», considera o médico. E dá o exemplo de um chip que liberta insulina de uma forma controlada quando a glicemia do paciente atinge níveis indesejados.

Nas lentes de contacto isso também será possível, para quem tem défice de audição e para outras situações como «a captação de imagens que seriam transmitidas directamente às áreas de processamento cerebral da imagem».


(Se assim o desejar, visite a fonte da informação clicando aqui)

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