Redução salarial é alternativa ao «layoff» previsto pela administração do jornal. 92% dos trabalhadores já aceitaram
A comissão de trabalhadores do jornal «Público» está «satisfeita» com os
92 por cento de trabalhadores que já acordaram
a redução dos próprios
salários, mas a administração continua a «pressionar» trabalhadores a
assinar, disse um elemento daquele
organismo.
O número de
pessoas que assinaram corresponde a 92 por cento do universo dos
trabalhadores do jornal.
«A comissão de trabalhadores
está satisfeita com o resultado do acordo, considera que os objectivos
já foram atingidos», disse
à Lusa Mariana Oliveira, um
dos quatro membros da comissão de trabalhadores (CT) do «Público».
Mariana
Oliveira revelou
ainda que o número de
assinaturas favoráveis à redução salarial «permite deduzir que a
administração já consegue ou está muito
perto de conseguir reduzir os
800 mil euros aos custos anuais com salários que foram acordados com a
CT».
«Por isso»,
acrescentou a mesma fonte, o
organismo representante dos trabalhadores «estranha que a administração
continue a pressionar
alguns trabalhadores a
assinar», e «sublinha, como sempre, que constitui um direito individual e
inalienável de cada trabalhador
assinar ou não assinar o
acordo de redução salarial e quem não assinar não pode ser alvo de
retaliações».
Entre os
casos de pessoas que não
assinaram, a comissão de trabalhadores disse que «há vários casos
dramáticos», mas também outros
de salários elevados.
A
administração do jornal continua a tentar elevar o número de
assinaturas e, de acordo com
uma fonte da comissão de
trabalhadores, em paralelo, alguns jornalistas do «Público» fizeram
circular um e-mail em que indicam
condicionar o respectivo
acordo à assinatura por cem por cento dos funcionários do jornal.
O
plano de reduções salariais
alargado a todos os
funcionários permitiu que fosse posto de parte um plano inicial que
previa a colocação de 21 trabalhadores
do Público em suspensão de
contrato («layoff») temporária.
O plano em discussão prevê,
segundo a CT, um quadro progressivo
de reduções salariais, que
começa nos 3 por cento para os trabalhadores que auferem salários brutos
acima dos mil euros e
evolui até 8 por cento para
salários até 1500 euros e daí até um teto de 21 por cento para salários
brutos acima dos 4 mil
euros.
O plano contempla ainda situações de fronteira para evitar que quem está na base inferior de um escalão tenha
reduções equivalentes à parte superior do mesmo escalão.
De
acordo com a fonte da CT do «Público», existe um total
de 37 funcionários no jornal
que auferem menos de 1.000 euros brutos mensais e há 136 funcionários
com salários acima dos
1.600 euros.
(Se assim o desejar, visite a fonte da informação clicando aqui)
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