segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Estudo: Pequeno pássaro completa viagem épica


 Um estudo publicado na revista Biology Letters revela que o chasco-cinzento, com apenas 25 g, faz migrações entre o Alasca e África Oriental, percorrendo 14 500 km naquela que é, proporcionalmente ao peso corporal, uma das migrações mais longas de uma ave.

Uma equipa internacional de cientistas publicou recentemente na revista Biology Letters os resultados de um estudo que revela que as aves “não se medem aos palmos” já que espécies de pequenas dimensões são capazes de grandes feitos.

Os biólogos, estudaram uma espécie de passeriforme que se destaca por ter uma das maiores áreas de distribuição do grupo, o chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe).

Trata-se de uma pequena ave de não mais de 25 g de peso que nidifica desde a parte mais Oriental do Canadá, passando pela Gronelândia e pela Eurásia até ao Alasca, mas cujos territórios de inverno eram, até à data, desconhecidos.

Para o determinar os investigadores equiparam 46 indivíduos de chasco-cinzento capturados no Canadá e Alasca com transmissores que registaram a sua localização duas vezes por cada 24 horas durante 90 dias.

Os quatro transmissores que foram mais tarde recuperados revelaram que a pequena ave inverna no Norte da África Subsariana, empreendendo uma viagem épica para um animal do seu tamanho.

Com efeito, através de uma análise da composição química das penas, os investigadores chegaram à conclusão que as populações que se reproduzem no Canadá, têm que percorrer 3 500 km até aos territórios onde invernam na África Ocidental tendo, para tal, de atravessar o oceano atlântico.

Por outro lado, e de forma ainda mais surpreendente, os animais que nidificam no Alasca migram através da Sibéria e do Deserto Arábico até próximo do Quénia, uma viagem de 14 500 km.

Trata-se da“migração mais longa de uma ave canora, tanto quanto sabemos”, afirma Heiko Schmaljohann, um dos autores do estudo que, em conjunto com os colegas escreveu no artigo que “proporcionalmente ao tamanho corporal, esta é uma das mais longas viagens de ida-e-volta migratórias de qualquer ave do mundo”.

Por outro lado, é o primeiro caso conhecido de uma ave canora migradora que habita ambos entre os ecossistemas africanos e o Ártico norte-americano.

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