"Este é um dia histórico para a Mota-Engil". É assim que o presidente do grupo, Jorge Coelho, classifica em declarações ao Negócios o facto de terem sido adjudicadas à Mota-Engil cinco obras em Angola e uma no Malawi, no valor total de 900 milhões de euros. Este conjunto de projectos representa mais de metade da carteira actual do grupo em África, cifrada em 1,6 mil milhões de euros.
A obra de maior dimensão é que será protagonizada no Malawi. Trata-se da construção de uma linha férrea com uma extensão de 145,11 quilómetros para a companhia mineira brasileira Vale do Rio Doce.
A adjudicação foi feita pelo valor de 540 milhões de euros e o prazo de conclusão da obra é de 27 meses.
Este projecto insere-se no chamado corredor ferroviário de Nacala, uma infra-estrutura para escoar o carvão produzido em Moatize, concessão atribuída à Vele do Rio Doce. Este corredor liga a província de Tete ao porto de Nacala, em Moçambique, mas passa por território de Malawi.
Segundo Jorge Coelho, estas adjudicações “ajudam a aguentar a pressão da falta de trabalho em Portugal”. Os outros cinco projectos são em Angola sendo o mais importante, em ternos de valor, a construção da barragem do Calueque, na província do Cunene, uma empreitada avaliada em 126 milhões de euros.
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