sexta-feira, 23 de março de 2012

Wall Street esquece mau dado económico com subidas na energia

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, sustentadas pelo bom desempenho do sector energético. A marcar a sessão fica um erro da Bats que originou uma queda acentuada na cotação da Apple. A empresa acabou por cancelar o IPO, no dia em que se tinha estreado em Bolsa.

As praças do outro lado do Atlântico abriram em alta ligeira mas inverteram imediatamente para terreno negativo quando foi divulgada uma inesperada queda das vendas de casas novas no mês passado nos EUA.

No entanto, no decorrer da sessão, a boa performance dos títulos da energia, impulsionados pelos ganhos em torno de 2% dos preços do petróleo, acabaram por colocar os mercados accionistas norte-americanos em terreno positivo.

O índice industrial Dow Jones terminou a somar 0,27% para 13.080,73 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,31% para se fixar nos 1.397,11 pontos. Este fecho em alta acabou por reduzir a intensidade daquela que foi a maior descida semanal de 2012 para o Standard & Poor’s 500.

Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq valorizou 0,15%, a negociar nos 3.067,92 pontos.

Entre os 10 grupos industriais do S&P 500, as acções da energia foram as que ganharam mais terreno, com uma subida conjunta de 1,2%. A impulsionar estiveram os ganhos nos preços do petróleo, que foi impulsionado pela indicação de uma queda das exportações iranianas.

As restantes matérias-primas acompanharam este optimismo, o que se reflectiu positivamente nas cotações de empresas como a Alcoa e a Caterpillar.

Também o sector financeiro esteve em alta, com destaque para a escalada em torno de 4% do Morgan Stanley depois de o Royal Bank of Canada ter revisto em alta a sua recomendação, de “underperform” para “sector perform”.

Entretanto, a Bats Global Markets, que hoje se estreava em bolsa, teve problemas técnicos e retirou a sua oferta pública de venda, segundo email citado pela Bloomberg. A empresa acabou assim por retirar o IPO, depois de um erro, entretanto cancelado, ter motivado uma descida de 9% nas acções da Apple.

In' Jornal de Negócios

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