segunda-feira, 27 de agosto de 2012

França e Alemanha voltam a colocar dívida pública com rendibilidade negativa

Depois do alemão, também o Tesouro francês voltou hoje a colocar novamente dívida de curto prazo com taxas de juro ("yields") negativas, como tem vindo a acontecer nas últimas semanas.
 
O Tesouro francês voltou hoje a colocar novamente dívida de curto prazo com taxas de juro negativas, como tem vindo a acontecer nas últimas semanas, e conseguiu procura de mais de duas vezes a oferta em dois dos três prazos.

De acordo com um comunicado do Tesouro francês, citado pela France Presse, França colocou 6.991 milhões de euros de dívida, tendo os investidores procurado 2,38 vezes essa quantia.

Em dívida a três meses conseguiu arrecadar 3.997 milhões de euros, com a procura a ser de 2,21 vezes a oferta, e com uma taxa de juro negativa (de -0,0037%), muito semelhante à da semana passada (que foi de -0,015%).

No prazo a seis meses, o Tesouro conseguiu colocar 1.794 milhões de euros de dívida com uma procura de 2,69 vezes a oferta, sendo que também aqui os investidores é que pagarão juros ao Estado francês para parquear o seu dinheiro, neste caso de 0,009%, quando na semana passada o resultado foi quase igual (taxa de juro negativa de 0,010%).

A terceira linha, com maturidade a 12 meses, França tem de pagar uma taxa de juro de 0,005%, ligeiramente mais que os 0,002% do último leilão com prazo semelhante, por 1,2 mil milhões de euros.

Também a Alemanha voltou hoje a realizar um leilão de dívida com juros negativos, angariando 1.975 mil milhões de euros a um ano uma taxa de juro média de -0,025%.

O sucesso do leilão significa que os investidores estão dispostos a perder dinheiro para se refugiarem na segurança das obrigações alemãs, enquanto dura a crise da zona euro.

Em Julho, a Alemanha tinha vendido títulos do Tesouro a um ano a uma taxa de juro de -0,054%.

Os juros negativos significam que os investidores vão obter menos dinheiro do que o montante que investiram. É um preço que alguns estão dispostos a pagar para investirem o dinheiro em obrigações seguras que não correm praticamente o risco de não ser pagas.
 
 
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