O julgamento do antigo mordomo do papa, Paolo Gabriele, de 46 anos, e do informático do Vaticano, Claudio Sciarpelletti, de 48 anos, pelo roubo e difusão de centenas de documentos secretos de Bento XVI começou hoje no Vaticano.
O processo teve início às 9h30 locais (07:30 TMG) numa sala austera, não muito grande, com paredes pintadas de cores sóbrias, mesas de madeira escura e umas dezenas de cadeiras, situada num edifício junto à Basílica de São Pedro.
Até ao momento desconhece-se quanto tempo durará o julgamento e até mesmo esta primeira audiência do caso que ficou conhecido como 'Vatileaks'.
O tribunal é formado pelo presidente, Giuseppe dela Torre, e pelos também magistrados Paolo Papanti Pelletier e Venerando Marano.
Até à sua detenção, a 23 de maio, Paolo Gabriele, laico crente de 46 anos, pai de três crianças, cidadão e residente no Vaticano, era um fiel servidor do papa Bento XVI.
Gabriele, que ficou em prisão domiciliária no Vaticano a 21 de Julho depois de 53 dias de prisão numa célula do palácio da justiça, nas traseiras da basílica de São Pedro, era o primeiro e o último a ver o papa todos os dias. O mordomo preparava os hábitos de cerimónia e servia as refeições a Bento XVI.
O mordomo é suspeito de durante meses ter furtado ao secretário particular do papa, monsenhor Georg Ganswein, um elevado número de cartas e correios ultra-secretos, incluindo alguns dirigidos a Joseph Ratzinger, e de os ter fotocopiado para os transmitir para o exterior.
A instrução do processo, que fechou parcialmente a 13 de Agosto, determinou o julgamento de Paolo Gabriele e do informático Claudio Sciarpelletti.
Acusado de roubo agravado, o mordomo arrisca uma pena entre um e seis anos de prisão. O informático acusado de encobrimento «arrisca pouco ou nada», afirmou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
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