terça-feira, 2 de julho de 2013

Generali acredita que cotadas do sul da Europa podem duplicar ou triplicar de valor

O presidente para a área de investimentos da seguradora Generali afirmou que o índice alemão, o DAX, atingiu o pico, considerando que está na altura de investir no sul da Europa.
 
Nikhil Srinivasan, o presidente para a área de investimentos da seguradora italiana Generali, que gere activos no valor de 500 mil milhões de euros, não tem dúvidas de que “o DAX tem tido um bom desempenho e que não parece agora tão bom como o sul da Europa ou os títulos franceses”, segundo noticia o "Financial Times".
 
Devido ao número de empresas no índice que depende das exportações para a Ásia, o índice alemão "assemelha-se mais a um mercado emergente. Penso que atingiu o pico. A minha recomendação é vender Alemanha e comprar Sul da Europa”.
 
A Generali tem sido vista como um gigante adormecido que tomou muitas decisões erradas, devido ao seu papel central nas participações cruzadas e nos conselhos de administração, que levaram ao "salotto buono", ou seja, à criação de uma elite que controlou a indústria italiana depois da guerra.
 
A escolha recente de Nikhil Srinivasan para o cargo na Generali deveu-se à sua experiência no mercado asiático, durante a crise que ocorreu há 15 anos atrás. Essa experiência ensinou o agora presidente para a área de investimentos que “as pessoas querem comprar coisas que tenham sido completamente esquecidas. A grande probabilidade de ganhar retornos vem de olhar para as coisas esquecidas, em vez de tentar adivinhar os mínimos".
 
Segundo Srinivasan, se recuarmos cinco anos, vemos que agora a Europa está muito melhor, com melhores políticas, e com mais investidores a quererem pôr mais dinheiro, gradualmente, na Europa.
 
“Se estivermos dispostos a apostar neste países nos próximos três ou quatro anos, teremos um grande retorno. As acções em Itália, Espanha, Grécia e Portugal estão 60 a 95% abaixo dos seus máximos. Irão recuperar os seus máximos? Penso que sim. Podem duplicar ou triplicar a partir daqui? Penso que sim”.
 
Nos Estados Unidos, Srinivasan acredita que é “preciso trabalhar a ideia de que a Reserva Federal é séria na questão de reduzir os estímulos mas também de aumentar as taxas de juro”. Contudo, aponta alguns receios face ao Banco Central Europeu, que poderá não seguir os Estados Unidos nesse aspecto.
 
Srinivasan crê que o Banco Central Europeu deve fazer duas coisas. “Tem de assegurar que as taxas reais estão em território negativo nas economias mais complicadas da Europa. Uma taxa real positiva não vai ajudar ninguém. A segunda coisa é apoiar a concessão de crédito onde ele é preciso e não retê-lo nos bancos”.
 
Entre as oportunidade no resto do mundo, o homem forte dos investimentos da Generali não acredita que a China seja tão apelativa quanto o resto da Ásia. “Estou muito mais interessado no sul da Ásia e no Japão, mesmo com a subida dos preços. Para uma tendência a cinco anos, os preços destes países estão muito interessantes. A América Latina também é uma grande oportunidade”.
 
Três quartos dos activos da Generali estão divididos, em partes iguais, pela Itália, França e Alemanha. Srinivasan afirmou que daqui a três anos os investimentos fora da Europa podem vir a duplicar, sendo que hoje representam apenas 3% do seu portefólio.
 
 

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