É o primeiro dia de quedas em Lisboa nas últimas quatro
sessões. O sector das telecomunicações ganhou terreno mas foi superado pelo
retalho, que recuou. Banca teve dia sem grandes definições, tal como o
PSI-20.
A Bolsa de Lisboa fechou em terreno negativo mas com um recuo ligeiro. Tal
como na Europa, o dia foi de grandes indefinições. O índice de referência
nacional cedeu 0,08% para fechar nos 5.961,75 pontos.
O PSI-20 caiu pela primeira vez em quatro sessões, depois de a praça
portuguesa ter sido, na semana passada, animada por dados económicos positivos
para a economia nacional, como a descida da taxa de desemprego para 16,4%. O
produto interno bruto (PIB) nacional deverá ter crescido no segundo trimestre,
antecipam várias casas de investimento. Os dados serão conhecidos na próxima
quarta-feira. Apesar disso, Lisboa recuou, mesmo que muito ligeiramente.
Esta segunda-feira, a empresa que mais contribuiu para a descida da bolsa
nacional foi aquela que mais contribuiu para os ganhos das sessões anteriores: a
Jerónimo Martins. A dona dos supermercados Pingo Doce recuou 1,10% para os
15,215 euros.
Ainda em baixa no retalho encontra-se a Sonae. A empresa sob comando de Paulo
Azevedo perdeu 1,16% para os 0,85 euros. Na sexta-feira, a detentora dos
supermercados Continente somou mais de 5,5%, tendo aliviado hoje desse
movimento.
PT e Zon impedem maior queda
Se as retalhistas
estiveram em baixa, as telecomunicações negociaram em alta. A Portugal Telecom
somou 1,03% para fechar nos 3,137 euros. O Exane BNP Paribas e o Bernstein
Research emitiram notas de “research” em que defenderam que a companhia dirigida por Henrique Granadeiro
poderá estar sob as atenções de empresas com apetite em aquisições.
A Zon Multimédia ganhou 1,39% para os 4,523 euros. A Sonaecom foi a
excepção, ao perder 0,33% para 1,787 euros.
Banca inalterada
O sector financeiro acompanhou a tendência de Lisboa, sem grandes
movimentações. O BCP fechou inalterado nos 10 cêntimos. O BPI perdeu 0,20% para
os 1,008 euros ao passo que o BES fechou nos 0,807 euros ao ganhar 0,25%. O ESFG
cedeu 0,57% para 5,25 euros.
O Banif foi a única cotada da banca que escapou a esta tendência de
reduzidas variações e somou 9,09%. Na prática, esta é uma variação de apenas 0,1
cêntimos, que colocou a cotação do banco liderado por Jorge Tomé nos 1,2
cêntimos. É a primeira vez que o Banif sobe desde que as novas acções do banco
entraram em bolsa, há mais de uma semana.
Outras grandes empresas também apresentaram variações tímidas. A Galp Energia
perdeu 0,16% para 12,60 euros ao passo que a EDP recuou 0,11% para 2,70
euros.
A Mota-Engil avançou
1,61% para terminar nos 2,784 euros. O consórcio que a Mota-Engil formou
com o grupo Odinsa na Colômbia está na "shortlist" de cinco projectos
rodoviários em parceria público-privada (PPP) que aquele país está a lançar.
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