A bolsa de Lisboa encerrou, pela segunda sessão consecutiva, em terreno
negativo. Na Europa, o sentimento também foi negativo, com a paralisação
do Governo federal e o impasse orçamental nos EUA a pressionarem o
comportamento dos principais índices bolsistas.
O PSI-20 encerrou em terreno negativo, desvalorizando 0,64% para os
5.958,87 pontos, com dez cotadas em terreno negativo, sete empresas no
verde e três inalteradas. Esta é segunda sessão consecutiva em que o
principal índice da praça de Lisboa encerra no vermelho.
Na Europa, o sentimento foi também negativo, com excepção
para a praça grega que registou ganhos de 1,47%. A penalizar as
principais praças do Velho Continente está a situação nos Estados
Unidos.
A paralisação governamental começou há, precisamente, uma
semana. Milhares de trabalhadores do governo federal norte-americano
continuam em casa, sem receberem, e vários serviços considerados como
não essenciais estão encerrados. O impasse em torno do limite da dívida
dos Estados Unidos e as negociações para o Orçamento deste novo ano
fiscal - que na maior economia do mundo começa a 1 de Outubro - estão na
origem desta paralisação.
No mercado há ainda os receios de que os Estados Unidos
fiquem sem verbas para honrar os seus compromissos. Um documento do
Departamento do Orçamento do Congresso, de acordo com a Bloomberg,
revela que os EUA ficarão sem dinheiro entre 22 de Outubro e 31 de
Outubro.
Por cá, a contribuir para o desempenho negativo do principal
índice da praça de Lisboa estiveram os títulos da Galp Energia e da PT.
A petrolífera encerrou a cair 1,41% para os 12,225 euros. A
tendência no restante sector energético foi negativa com a EDP a recuar
0,90% para os 2,522 euros e a EDP Renováveis desvalorizou 0,24% para os
3,791 euros.
Esta terça-feira, o Goldman Sachs emitiu uma nota de análise
em que refere que as medidas propostas pelo Governo - no âmbito do
Orçamento do Estado para o próximo ano - para o mercado de electricidade
terão um custo de 35 milhões, para a EDP. Os analistas alertam que o
custo anual vai crescer até 65 milhões, três anos depois. O preço-alvo e
a recomendação da EDP foram colocados “sob revisão”, assim como os da
REN. A Redes Energéticas Nacionais encerrou inalterada nos 2,18 euros.
A pressionar o desempenho bolsista do PSI-20 esteve também a
Portugal Telecom que caiu 1,19% para os 3,398 euros. No restante
sector, a Zon Optimus valorizou 0,32% para os 4,715 euros e a Sonaecom
subiu 1,20% para os 2,186 euros.
A Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce,
também encerrou a sessão do lado das perdas desvalorizando 0,28% para os
14 euros. Já a concorrente Sonae, dona dos hipermercados Continente,
apreciou 0,11% para os 0,928 euros.
A travar uma queda mais expressiva da praça nacional esteve o
sector financeiro com destaque para o BPI que subiu 4% para os 1,04
euros. O BES encerrou também no verde, valorizando 0,33% para 0,921
euros. A contrariar a tendência positiva do sector esteve o BCP que caiu
3% para os 0,097 euros.
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