terça-feira, 8 de outubro de 2013

Galp e PT determinam queda do PSI-20 pela segunda sessão consecutiva

A bolsa de Lisboa encerrou, pela segunda sessão consecutiva, em terreno negativo. Na Europa, o sentimento também foi negativo, com a paralisação do Governo federal e o impasse orçamental nos EUA a pressionarem o comportamento dos principais índices bolsistas.

O PSI-20 encerrou em terreno negativo, desvalorizando 0,64% para os 5.958,87 pontos, com dez cotadas em terreno negativo, sete empresas no verde e três inalteradas. Esta é segunda sessão consecutiva em que o principal índice da praça de Lisboa encerra no vermelho.

Na Europa, o sentimento foi também negativo, com excepção para a praça grega que registou ganhos de 1,47%. A penalizar as principais praças do Velho Continente está a situação nos Estados Unidos.

A paralisação governamental começou há, precisamente, uma semana. Milhares de trabalhadores do governo federal norte-americano continuam em casa, sem receberem, e vários serviços considerados como não essenciais estão encerrados. O impasse em torno do limite da dívida dos Estados Unidos e as negociações para o Orçamento deste novo ano fiscal - que na maior economia do mundo começa a 1 de Outubro - estão na origem desta paralisação.

No mercado há ainda os receios de que os Estados Unidos fiquem sem verbas para honrar os seus compromissos. Um documento do Departamento do Orçamento do Congresso, de acordo com a Bloomberg, revela que os EUA ficarão sem dinheiro entre 22 de Outubro e 31 de Outubro.

Por cá, a contribuir para o desempenho negativo do principal índice da praça de Lisboa estiveram os títulos da Galp Energia e da PT.

A petrolífera encerrou a cair 1,41% para os 12,225 euros. A tendência no restante sector energético foi negativa com a EDP a recuar 0,90% para os 2,522 euros e a EDP Renováveis desvalorizou 0,24% para os 3,791 euros.

Esta terça-feira, o Goldman Sachs emitiu uma nota de análise em que refere que as medidas propostas pelo Governo - no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano - para o mercado de electricidade terão um custo de 35 milhões, para a EDP. Os analistas alertam que o custo anual vai crescer até 65 milhões, três anos depois. O preço-alvo e a recomendação da EDP foram colocados “sob revisão”, assim como os da REN. A Redes Energéticas Nacionais encerrou inalterada nos 2,18 euros.

A pressionar o desempenho bolsista do PSI-20 esteve também a Portugal Telecom que caiu 1,19% para os 3,398 euros. No restante sector, a Zon Optimus valorizou 0,32% para os 4,715 euros e a Sonaecom subiu 1,20% para os 2,186 euros.

A Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, também encerrou a sessão do lado das perdas desvalorizando 0,28% para os 14 euros. Já a concorrente Sonae, dona dos hipermercados Continente, apreciou 0,11% para os 0,928 euros.

A travar uma queda mais expressiva da praça nacional esteve o sector financeiro com destaque para o BPI que subiu 4% para os 1,04 euros. O BES encerrou também no verde, valorizando 0,33% para 0,921 euros. A contrariar a tendência positiva do sector esteve o BCP que caiu 3% para os 0,097 euros.


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