quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Dados económicos favoráveis penalizam Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram, pela quinta sessão consecutiva, em terreno negativo. O índice Dow Jones fechou a perder 0,43% para os 15.821,51 pontos, o Nasdaq desvalorizou 0,12% para 4.033,165 pontos e o S&P 500 deslizou 0,40% para 1.785,69 pontos.
 
O sector tecnológico esteve em destaque pela negativa, com excepção da Apple, que encerrou a apreciar-se 0,51% para 567,901 dólares. Já a Microsoft perdeu 2,41% para 38 dólares, a Cisco perdeu 1,60% para 20,91 dólares e a Google encerrou com uma queda ligeira de 0,08% para 1057,34 dólares.
 
A penalizar o comportamento dos principais índices norte-americanos está o facto de os investidores estarem a antecipar que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) pode começar a retirar os estímulos à economia mais cedo do que estava a ser ponderado. A suportar esta expectativa estão os dados económicos revelados recentemente e que são favoráveis, demonstrando que a maior economia do mundo está a ficar mais robusta.
 
Esta quinta-feira, o Departamento do Comércio dos EUA divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a um ritmo anual de 3,6% no terceiro trimestre, um ritmo mais acelerado do que tinha sido inicialmente reportado.
 
Além disso, ontem dia 4 de Dezembro o instituto de pesquisa ADP revelou que o sector privado norte-americano criou, em Novembro, 215 mil novos postos de trabalho. Um valor que superou as estimativas dos economistas contactados pela agência Bloomberg, que apontavam para a criação de 170 mil novos postos de trabalho.   
 
Ainda em torno do emprego, o Departamento do Trabalho revela amanhã, sexta-feira  dia 6 de Novembro, a taxa de desemprego que deverá recuar.
 
“Os números de hoje preparam o caminho para a Fed” reduzir os estímulos, afirmou à Bloomberg Matthew Kaufler, da Federated Investors, em Nova Iorque. “Há ansiedade no curto prazo, mas penso que é positivo no longo prazo que a Fed comece” a libertar-se de ser o último criador de mercado, acrescentou.


In' Jornal de Negócios

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