O Goldman Sachs reviu em baixa a avaliação da maioria das cotadas
expostas ao sector eléctrico espanhol, devido aos receios de mais
alterações regulatórias neste sector.
Numa nota de “research” a que o Negócios teve acesso, o banco de
investimento cita o facto de o Governo espanhol ter deixado cair o
compromisso com o contributo de 3,6 mil milhões de euros para abater o
défice tarifário.
Deste modo, o Goldman Sachs removeu das suas estimativas qualquer
contribuição do Governo, assumindo desta forma novos custos para as
empresas eléctricas a partir de 2014, no valor de 750 milhões de euros, e
aumento de tarifas na ordem dos 3%, o que implica mais 750 milhões de
euros.
As novas avaliações para as eléctricas ibéricas assumem um défice
tarifário de 3,5 mil milhões de euros no final deste ano.
Os impactos nos lucros por acção (EPS) são mais visíveis nas eléctricas
mais expostas a Espanha, como é o caso da Acciona (-24%), Endesa (-4%) e
Iberdrola (-3%). No caso da EDP o impacto no EPS é de apenas -1%.
Ainda assim, suficiente para justificar um corte de 5% no preço-alvo da
eléctrica liderada por António Mexia. A avaliação por acção desceu para
2,10 euros, face aos 2,15 euros anteriores, o que implica um potencial
de desvalorização face à cotação actual. A recomendação também persiste
em vender.
As acções da EDP caem 1,52% para 2,73 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida
pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O
Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse
nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como
participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá
consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu
intermediário financeiro.
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