Ao longo da sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao BES e GES, Amílcar Morais Pires atirou várias responsabilidades para José Maria Ricciardi, primo de Ricardo Salgado e presidente do BES Investimento.
"Havia pessoas muito importantes a trabalhar no banco", respondeu Morais Pires ao social-democrata Duarte Marques na audição desta quinta-feira, 11 de Dezembro. E o ex-administrador do BES fez questão de nomear uma dessas pessoas: "O dr. José Maria Ricciardi".
Na sua resposta ao PSD, Morais Pires deu um exemplo desse poder de Ricciardi. O antigo administrador financeiro disse que, quando assumiu a área internacional do BES, em Maio de 2012, teve a preocupação de "racionalizar as estruturas dos mercados maduros".
Os Estados Unidos era um desses mercados. E, em Nova Iorque, havia duas sucursais: uma do BES, ainda dos tempos em que era público (antes de 1991); uma do BESI. A primeira era "rentável, modestamente; a do BESI era deficitária". "Quis fundir". Propôs, até, fechar a do BES e manter a do BESI. "Não fui nunca capaz", respondeu.
"Só uma pessoa com poder pode bloquear", afirmou Morais Pires, dizendo que essa pessoa era José Maria Ricciardi. "Se [eu] fosse braço-direito [de Salgado], nunca seria travado numa simples medida de internacionalização", acrescentou, na resposta ao social-democrata.
Ricciardi, segundo Morais Pires, tinha o pelouro do departamento do risco global. "Não é justo dizer que o seu nome constava só do papel. Era responsável pela área, com o dr. Joaquim Goes. Era administrador comum do BES e da Espírito Santo International".
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