A Steve Bannon – o principal estratega de Donald Trump na campanha das eleições presidenciais de 2016, e que foi dispensado em Agosto do ano passado – pouco importa a reacção das bolsas ao escalar das tensões comerciais Washington-Pequim.
Bannon, cuja saída da Administração Trump foi aplaudida pelas bolsas norte-americanas com fortes subidas, veio dar a sua alfinetada a Wall Street. E foi peremptório: "’To hell with Wall Street’ view on trade moves".
Recorde-se que 11 horas depois de a Administração Trump ter apresentado a lista de cerca de 1.300 produtos chineses [como tecnologia industrial, produtos médicos e ligados aos transportes] que serão taxados com tarifas de 25% à entrada nos EUA, Pequim retaliou e apresentou a sua lista [como soja, milho, aviões, automóveis, carne de bovino e produtos químicos] – incidindo sobre o mesmo valor: 50 mil milhões de dólares.
A reacção dos mercados não se fez esperar: nas bolsas asiáticas e europeias, a queda foi quase generalizada [excepção feita, no Velho Continente, à praça de Atenas].
Também nos EUA a abertura das bolsas foi marcada por números vermelhos, com os principais índices de Wall Street a reagirem negativamente a este intensificar das tensões. Neste momento, o S&P 500 continua a recuar, ao passo que o Dow Jones e o Nasdaq Composite registam subidas tímidas, numa sessão de alta volatilidade.
O polémico Bannon
Quando foi dispensado, Steve Bannon, antigo editor do Breitbart, um site noticioso conotado com a direita nacionalista, estava na equipa do presidente norte-americano há sete meses, desde a sua tomada de posse, depois de ter integrado a sua campanha numa fase já tardia. Com a saída da Administração, regressou ao Breitbart News.
Bannon já tinha sido afastado do Conselho de Segurança Nacional em Abril, depois de em Fevereiro também Michael Flynn - igualmente conselheiro de segurança - ter saído devido aos seus contactos não declarados com responsáveis russos. Em Agosto foi a gota de água para Trump, já que Bannon o contradisse relativamente à sua posição sobre a Coreia do Norte.
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