A Asus pode vir a comprar a divisão de portáteis da Toshiba. A confirmação vem do próprio presidente da Asus, Jonney Shih.
Para cumprir o objectivo de chegar ao Top 3 de fabricantes em 2011, a Asus está a planear atacar em várias frentes. Uma delas pode passar por comprar a divisão de portáteis da Toshiba.
A Toshiba tem cerca de 5% do segmento de computadores, acumulado entre equipamentos de secretária e portáteis.
A Asus, explica a PC Pro citando estudos da Gartner, tem 5% do segmento de portáteis e, com a possível compra, passaria a ter 10%, ultrapassando a Dell.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Asus quer comprar portáteis da Toshiba
Morreu o jogador de futebol António de Nigris
Após se sentir indisposto, morreu esta madrugada na cidade grega de Larisa aos 31 anos o mexicano jogador de futebol António de Nigris.
Segundo a comunicação social local diz que o desportista perdeu a vida antes de chegar ao hospital vítima de uma paragem cardíaca.
O futebolista encontrava-se ao serviço da primeira divisão grega da Larisa, e fonte ligada ao mesmo, refere que o jogador não apresentava queixas de doença ou qualquer mal-estar físico.
A autópsia vai ser realizada hoje.
Segundo a comunicação social local diz que o desportista perdeu a vida antes de chegar ao hospital vítima de uma paragem cardíaca.
O futebolista encontrava-se ao serviço da primeira divisão grega da Larisa, e fonte ligada ao mesmo, refere que o jogador não apresentava queixas de doença ou qualquer mal-estar físico.
A autópsia vai ser realizada hoje.
Preços em Portugal registam a segunda maior queda na Zona Euro
A variação dos preços no consumidor foi de 0,1% negativa, na Zona Euro, em Outubro, quando comparado com igual período do ano passado. Em Portugal a descida foi de 1,6%, a segunda maior entre os membros da Zona Euro.
De acordo com o Eurostat, a taxa de inflação, em Outubro, foi de -0,1% quando comparado com igual período do ano passado, um valor que compara com -0,3% registados em Setembro.
Já na União Europeia a 27, a taxa de inflação foi de 0,5%, mantendo assim a tendência de recuperação, já verificada em Setembro.
Em Portugal, a taxa de variação homóloga dos preços no consumidor foi de -1,6%, o que corresponde à segunda maior entre os membros da Zona Euro, só superada pela Irlanda, onde a variação dos preços foi de -2,8%.
Fonte: Jornal de Negócios
De acordo com o Eurostat, a taxa de inflação, em Outubro, foi de -0,1% quando comparado com igual período do ano passado, um valor que compara com -0,3% registados em Setembro.
Já na União Europeia a 27, a taxa de inflação foi de 0,5%, mantendo assim a tendência de recuperação, já verificada em Setembro.
Em Portugal, a taxa de variação homóloga dos preços no consumidor foi de -1,6%, o que corresponde à segunda maior entre os membros da Zona Euro, só superada pela Irlanda, onde a variação dos preços foi de -2,8%.
Fonte: Jornal de Negócios
Ornitologia: Mutação Onix
A mutação Onix surgiu em 1986 no canaril dos irmãos Belver na cidade de Valência (Espanha), de onde se originou a nova variedade Ornitológica Mundial. O aspecto do canário Onix é um exemplar de cor muito escura negro ou castanho-acinzentado, porque quando nascem são iguais aos canários de cores clássicas, ao contrário de todas as mutações que conhecemos.
Onde as melaninas clássicas e ancestrais são diluídas, no canário Onix a mutação escurece notavelmente as estruturas melánicas, dando tonalidades distintas do fenótipo que apresenta.
Esta mutação (Onix) caracteriza-se pela ausência de phaeomelanina e um aumento da eumelanina, sendo a phaeomelanina substituída pela eumelanina, uma cor muito compacta, forma-se entre as estrias a qual, devido à estrutura da plumagem será mais escura sobre a cabeça, na nuca e sobre o dorso.
Devido à ausência da phaeomelanina é difícil aproximar a tonalidade negra à da série negra clássica.
A eumelanina da série negra Ágata e Castanha, possuindo o factor Onix deve ser sempre pura.
A cor de fundo não estando influenciada pela phaeomelanina aparece mais clara e mais luminosa.
O lipocrómo apresenta-se nas zonas de eleição ligeiramente escuro, ainda que limpo e puro.
Onde as melaninas clássicas e ancestrais são diluídas, no canário Onix a mutação escurece notavelmente as estruturas melánicas, dando tonalidades distintas do fenótipo que apresenta.
Esta mutação (Onix) caracteriza-se pela ausência de phaeomelanina e um aumento da eumelanina, sendo a phaeomelanina substituída pela eumelanina, uma cor muito compacta, forma-se entre as estrias a qual, devido à estrutura da plumagem será mais escura sobre a cabeça, na nuca e sobre o dorso.
Devido à ausência da phaeomelanina é difícil aproximar a tonalidade negra à da série negra clássica.
A eumelanina da série negra Ágata e Castanha, possuindo o factor Onix deve ser sempre pura.
A cor de fundo não estando influenciada pela phaeomelanina aparece mais clara e mais luminosa.
O lipocrómo apresenta-se nas zonas de eleição ligeiramente escuro, ainda que limpo e puro.
Cabo Verde: Brava - habitantes acusam governo de esquecer a ilha
Falta um aeroporto, faltam mais serviços públicos, falta mais comunicação, falta mais meios de transporte. A palavra falta é interminável na ilha da Brava. Os bravenses estão cansados de depender do Fogo e desejam que a sua ilha seja colocada na agenda governamental. Na reportagem que se segue, um olhar sobre uma Brava longe do século XXI.
O seu dia a dia é passado a trazer e a levar gentes. Gentes da sua terra, e que "bem di fora". A muitos lugares. A sua rotina é ouvir as conversas dos turistas que chegam anestesiados pela primeira imagem da Brava: a fotografia postal da Furna que dá as boas-vindas àqueles que estão a conhecer pela primeira vez a "ilha das Flores".
Quando os turistas teimam em não aparecer, Aguinaldo Silva transporta os habitantes das várias localidades aos seus destinos. Por entre ruelas e vielas, aconchegado pelo verde imponente de uma ilha, inquietada pelo silêncio, é nestas curtas viagens de cá para lá, de lá para cá, que "Guigui" (como também é conhecido) ouve as queixas, os lamentos, as alegrias, as tristezas, as novidades ou as promessas que nunca se cumpriram.
Aguinaldo tem orgulho de ter sido um dos primeiros bravenses a trazer uma viatura hiace para a ilha de Eugénio Tavares. Isso foi há cerca de quatro anos. Nessa altura, apenas algumas carrinhas de caixa aberta faziam o transporte de pessoas. Hoje, as carrinhas de caixa aberta continuam em maior número. Mas agora "Guigui" não é o único a conduzir um hiace. Estas, agora são cinco, muitas das vezes não têm clientes para transportar. "O que era bom para nós era o aeroporto. Ai se era. Nós estamos aqui esquecidos. Temos agora barco todos os dias, mas a travessia não é coisa fácil e leva-se uma hora para cá chegar, de uma forma desconfortável. Não há gente, não há turistas e depois não podemos viver só deste trabalho. Eu tenho outras coisas. Uma oficina de mecânica, porque se estivesse à espera de viver só do transporte não colocava comida na mesa", desabafa "Guigui", que muito se orgulha de ser o seu próprio patrão.
Com a forma de uma elipse, a ilha da Brava já foi considerada a mais bela ilha do mundo e a jóia do império colonial português. Tempos de gloria. Épocas em que a Brava era exaltada nos poemas do grande Eugénio Tavares. Porém, mudam-se os tempos mudam-se as vontades. E aquele pedaço de tranquilidade é hoje a mais inacessível, a mais escondida, a mais perdida no tempo.
Quem passeia pela praça Eugénio Tavares ou pelo largo da igreja sente que está noutra era. O sítio indicado para descansar, reflectir, relaxar, durante alguns dias, tendo como cenário o nevoeiro que aconchega as serras. Mas quem lá vive, precisa de mais: de mais meios de comunicação com as outras ilhas, por exemplo.
Sonho americano
Os jovens. Na opinião de alguns, não há trabalho disponível para eles, para outros são eles que não querem trabalhar.
Segundo a polícia local, a criminalidade aumentou, mas não em termos de assaltos. "O que há são roubos às residências. Pode-se andar a qualquer hora na Vila, que não há hipótese de ser roubado. O problema, é que algumas residências são de pessoas que vivem nos Estados Unidos e que só vêm à Brava nas férias. Então, os criminosos aproveitam para assaltar essas casas".
Os repatriados são os primeiros a arcar com as culpas. Jovens que saíram da Brava ainda crianças na busca do sonho americano, mas que por um pequeno, médio ou grande delito, cometido nos Estados Unidos, são obrigados a regressar ao local onde nasceram. Resultado: a adaptação é difícil. Deixa-se um mundo agitado para se entrar num universo onde o tempo anda devagar demais. Em alguns casos, a raiva, a frustração, dão lugar a actos ilícitos.
Alguns repatriados com quem a nossa equipa de reportagem teve a oportunidade de falar, retratam as suas vidas naquela ilha como um filme negro, sem direito a final feliz. "Para mim, é o cemitério dos vivos", afirma um deles que já está na Brava há mais de cinco anos.
"Não temos acompanhamento. Chegamos aqui e as pessoas continuam a olhar-nos como criminosos. Eu sou um filho da terra. Apesar de não me adaptar ao sistema aqui. As pessoas pela frente riem-se para ti e depois por trás tentam à força arranjar-te problemas para ver se te vais embora. Muitas das vezes, procuramos biscates para fazer, mas há sempre alguém que diz: ‘não lhe dê trabalho ele é repatriado, um criminoso'. Não nos dão oportunidades. Depois a polícia está sempre a revistar-nos, o que é contra a lei. Se somos cidadãos normais, porque é que está constantemente a obrigar-nos a mostrar os bolsos, às vezes quatro vezes ao dia. Quem é que consegue viver assim?", questiona um repatriado.
A nossa fonte vai mais longe, contando um episódio insólito. "Um repatriado tinha um braço engessado e um polícia cortou-lhe o gesso para verificar se ele tinha droga debaixo do gesso. Quando o meu amigo chegou ao hospital o médico disse-lhe que era ilegal o que a autoridade policial tinha feito, pois a única pessoa que poderia cortar o gesso era o médico. Isto não pára por aqui. Quantas vezes nos agarram e batem-nos na Esquadra sem mais nem menos. Por termos cometido um crime na América não quer dizer que continuamos aqui à margem da lei. Já estamos a pagar bem caro por estarmos num sítio que não queremos", refere.
Porém, há repatriados que acusam a Câmara Municipal de não os ajudar. "Não há apoio. Deveria haver um gabinete psicológico para nos acompanhar logo que chegamos. Mas não há. O que há são promessas e mais promessas na altura da campanha eleitoral. Vivo na Brava há mais de 15 anos, tenho 3 filhos comigo. Por mais incrível que pareça não tenho um trabalho fixo. Só nos fecham as portas, porque olham para nós como um bando de marginais que invadiu a sua terra".
Por outro lado, muitos bravenses afirmam que o governo esqueceu-se desta ilha, importando-se apenas com a Praia, Sal, Boavista e S. Vicente.
D. Claudina trabalha já alguns anos num dos restaurantes locais da Vila. Como a maioria dos habitantes, também ela tem família nos Estados Unidos. Mas desta vez, preferiu enviar a filha para estudar em Portugal. "O que me choca é que em algumas zonas do interior as crianças não sabem escrever, ler, muito menos soletrar o alfabeto. Os pais acham que o melhor para elas é trabalharem ao seu lado no campo, pois é uma maneira de garantir mais comida no prato. Depois, há outra situação: os miúdos só pensam na América. Cerca de 30 por cento dos estudantes só deseja ter uma oportunidade de ir para os Estados Unidos e nunca mais voltar. Nas outras ilhas, os jovens emigram para ganhar dinheiro para depois voltar e investir na sua terra: na Brava não. Não há nada aqui para eles. Eu prefiro que a minha filha esteja longe, mas a ter uns bons estudos, de modo a conseguir um bom trabalho, do que estar numa ilha que está fora do contexto nacional de Cabo Verde", salienta.
Quando o relógio bate as 18h00, Vila Nova de Sintra está vazia. Somente alguns focos de grupos de jovens à porta de bares, ou em sítios habituais de encontro. Se durante o dia já parece que se está numa cidade fantasma, à noite "ka ten nada pa fazi". "Falta criatividade aos mais novos. Iniciativas, criar associações para promover o convívio. Eles só querem ficar na rua sem fazer nada. No meu tempo éramos nós que íamos atrás do trabalho e não o contrário", defende um idoso.
Na área da saúde os bravenses também não escondem a sua insatisfação. "Temos um único centro com dois médicos, para uma população de 7 mil pessoas. Um dos doutores ainda está em fase de estágio, o outro é muito bom. Eu rezo para não adoecer, pois se isso acontecer temos que ser transportados para o Fogo. Tudo se passa lá. É como se a Brava dependesse, eternamente, da ilha do Fogo. Agora, esta epidemia da dengue não sei como vai ser. Se ataca de uma forma séria a Brava vamos ter graves problemas", esclarece um dos moradores de Nossa Senhora do Monte, uma das localidades do interior.
Furna, Ansião, Fajã D' Água e Sorno. Regiões que miram todos os dias os mares profundos de um azul sem igual, mas que não fogem ao isolamento que se sente cada dia que se passa na Brava.
"Isto está mesmo muito mal"
Mimi mora na Praia há oito anos. Há já quase uma década deixou a sua Brava no pensamento, nas recordações, nas memórias da infância. Naquela tarde, encontrámo-la na Praça Eugénio Tavares. De volta à sua terra natal só por alguns dias, Mimi encontrou uma ilha ainda mais parada. "Isto está mesmo muito mal. Não há evolução. Deixei o interior à procura de melhores condições. No entanto, não hesitaria a voltar, caso houvesse algumas mudanças. Mas pelo que vejo, a Brava vai continuar assim, perdida no tempo, longe do século XXI", relata esta jovem mulher de 25 anos.
Na Furna, que abriga o cais onde diariamente chega o tal "barco de pesca", que traz os turistas, os filhos da terra, os visitantes por alguns dias, o sentimento é o mesmo. Espera-se pelo aeroporto que parece não estar na agenda governamental. Espera-se por melhores meios de transporte. Espera-se por não se estar aquém do mundo. Mesmo os pescadores daquele lugar reclamam falta de condições. "Não há ninguém. Agora temos barco todos os dias. Mas às vezes só vem uma ou duas pessoas. Aqui é sempre a mesma rotina, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. Os dias são sempre iguais. Mas, há quem se esqueça que nós também somos filhos de Cabo Verde", lamenta.
Assim se vai levando a vida na "ilha das flores". Os ponteiros do relógio parecem que não andam ao sabor da nova era. E quem mais sofre são aqueles que lutam pela sua terra, que simplesmente querem só mais e melhor. Porque mais do mesmo já estão eles cansados.
Fonte: Expresso das Ilhas
O seu dia a dia é passado a trazer e a levar gentes. Gentes da sua terra, e que "bem di fora". A muitos lugares. A sua rotina é ouvir as conversas dos turistas que chegam anestesiados pela primeira imagem da Brava: a fotografia postal da Furna que dá as boas-vindas àqueles que estão a conhecer pela primeira vez a "ilha das Flores".
Quando os turistas teimam em não aparecer, Aguinaldo Silva transporta os habitantes das várias localidades aos seus destinos. Por entre ruelas e vielas, aconchegado pelo verde imponente de uma ilha, inquietada pelo silêncio, é nestas curtas viagens de cá para lá, de lá para cá, que "Guigui" (como também é conhecido) ouve as queixas, os lamentos, as alegrias, as tristezas, as novidades ou as promessas que nunca se cumpriram.
Aguinaldo tem orgulho de ter sido um dos primeiros bravenses a trazer uma viatura hiace para a ilha de Eugénio Tavares. Isso foi há cerca de quatro anos. Nessa altura, apenas algumas carrinhas de caixa aberta faziam o transporte de pessoas. Hoje, as carrinhas de caixa aberta continuam em maior número. Mas agora "Guigui" não é o único a conduzir um hiace. Estas, agora são cinco, muitas das vezes não têm clientes para transportar. "O que era bom para nós era o aeroporto. Ai se era. Nós estamos aqui esquecidos. Temos agora barco todos os dias, mas a travessia não é coisa fácil e leva-se uma hora para cá chegar, de uma forma desconfortável. Não há gente, não há turistas e depois não podemos viver só deste trabalho. Eu tenho outras coisas. Uma oficina de mecânica, porque se estivesse à espera de viver só do transporte não colocava comida na mesa", desabafa "Guigui", que muito se orgulha de ser o seu próprio patrão.
Com a forma de uma elipse, a ilha da Brava já foi considerada a mais bela ilha do mundo e a jóia do império colonial português. Tempos de gloria. Épocas em que a Brava era exaltada nos poemas do grande Eugénio Tavares. Porém, mudam-se os tempos mudam-se as vontades. E aquele pedaço de tranquilidade é hoje a mais inacessível, a mais escondida, a mais perdida no tempo.
Quem passeia pela praça Eugénio Tavares ou pelo largo da igreja sente que está noutra era. O sítio indicado para descansar, reflectir, relaxar, durante alguns dias, tendo como cenário o nevoeiro que aconchega as serras. Mas quem lá vive, precisa de mais: de mais meios de comunicação com as outras ilhas, por exemplo.
Sonho americano
Os jovens. Na opinião de alguns, não há trabalho disponível para eles, para outros são eles que não querem trabalhar.
Segundo a polícia local, a criminalidade aumentou, mas não em termos de assaltos. "O que há são roubos às residências. Pode-se andar a qualquer hora na Vila, que não há hipótese de ser roubado. O problema, é que algumas residências são de pessoas que vivem nos Estados Unidos e que só vêm à Brava nas férias. Então, os criminosos aproveitam para assaltar essas casas".
Os repatriados são os primeiros a arcar com as culpas. Jovens que saíram da Brava ainda crianças na busca do sonho americano, mas que por um pequeno, médio ou grande delito, cometido nos Estados Unidos, são obrigados a regressar ao local onde nasceram. Resultado: a adaptação é difícil. Deixa-se um mundo agitado para se entrar num universo onde o tempo anda devagar demais. Em alguns casos, a raiva, a frustração, dão lugar a actos ilícitos.
Alguns repatriados com quem a nossa equipa de reportagem teve a oportunidade de falar, retratam as suas vidas naquela ilha como um filme negro, sem direito a final feliz. "Para mim, é o cemitério dos vivos", afirma um deles que já está na Brava há mais de cinco anos.
"Não temos acompanhamento. Chegamos aqui e as pessoas continuam a olhar-nos como criminosos. Eu sou um filho da terra. Apesar de não me adaptar ao sistema aqui. As pessoas pela frente riem-se para ti e depois por trás tentam à força arranjar-te problemas para ver se te vais embora. Muitas das vezes, procuramos biscates para fazer, mas há sempre alguém que diz: ‘não lhe dê trabalho ele é repatriado, um criminoso'. Não nos dão oportunidades. Depois a polícia está sempre a revistar-nos, o que é contra a lei. Se somos cidadãos normais, porque é que está constantemente a obrigar-nos a mostrar os bolsos, às vezes quatro vezes ao dia. Quem é que consegue viver assim?", questiona um repatriado.
A nossa fonte vai mais longe, contando um episódio insólito. "Um repatriado tinha um braço engessado e um polícia cortou-lhe o gesso para verificar se ele tinha droga debaixo do gesso. Quando o meu amigo chegou ao hospital o médico disse-lhe que era ilegal o que a autoridade policial tinha feito, pois a única pessoa que poderia cortar o gesso era o médico. Isto não pára por aqui. Quantas vezes nos agarram e batem-nos na Esquadra sem mais nem menos. Por termos cometido um crime na América não quer dizer que continuamos aqui à margem da lei. Já estamos a pagar bem caro por estarmos num sítio que não queremos", refere.
Porém, há repatriados que acusam a Câmara Municipal de não os ajudar. "Não há apoio. Deveria haver um gabinete psicológico para nos acompanhar logo que chegamos. Mas não há. O que há são promessas e mais promessas na altura da campanha eleitoral. Vivo na Brava há mais de 15 anos, tenho 3 filhos comigo. Por mais incrível que pareça não tenho um trabalho fixo. Só nos fecham as portas, porque olham para nós como um bando de marginais que invadiu a sua terra".
Por outro lado, muitos bravenses afirmam que o governo esqueceu-se desta ilha, importando-se apenas com a Praia, Sal, Boavista e S. Vicente.
D. Claudina trabalha já alguns anos num dos restaurantes locais da Vila. Como a maioria dos habitantes, também ela tem família nos Estados Unidos. Mas desta vez, preferiu enviar a filha para estudar em Portugal. "O que me choca é que em algumas zonas do interior as crianças não sabem escrever, ler, muito menos soletrar o alfabeto. Os pais acham que o melhor para elas é trabalharem ao seu lado no campo, pois é uma maneira de garantir mais comida no prato. Depois, há outra situação: os miúdos só pensam na América. Cerca de 30 por cento dos estudantes só deseja ter uma oportunidade de ir para os Estados Unidos e nunca mais voltar. Nas outras ilhas, os jovens emigram para ganhar dinheiro para depois voltar e investir na sua terra: na Brava não. Não há nada aqui para eles. Eu prefiro que a minha filha esteja longe, mas a ter uns bons estudos, de modo a conseguir um bom trabalho, do que estar numa ilha que está fora do contexto nacional de Cabo Verde", salienta.
Quando o relógio bate as 18h00, Vila Nova de Sintra está vazia. Somente alguns focos de grupos de jovens à porta de bares, ou em sítios habituais de encontro. Se durante o dia já parece que se está numa cidade fantasma, à noite "ka ten nada pa fazi". "Falta criatividade aos mais novos. Iniciativas, criar associações para promover o convívio. Eles só querem ficar na rua sem fazer nada. No meu tempo éramos nós que íamos atrás do trabalho e não o contrário", defende um idoso.
Na área da saúde os bravenses também não escondem a sua insatisfação. "Temos um único centro com dois médicos, para uma população de 7 mil pessoas. Um dos doutores ainda está em fase de estágio, o outro é muito bom. Eu rezo para não adoecer, pois se isso acontecer temos que ser transportados para o Fogo. Tudo se passa lá. É como se a Brava dependesse, eternamente, da ilha do Fogo. Agora, esta epidemia da dengue não sei como vai ser. Se ataca de uma forma séria a Brava vamos ter graves problemas", esclarece um dos moradores de Nossa Senhora do Monte, uma das localidades do interior.
Furna, Ansião, Fajã D' Água e Sorno. Regiões que miram todos os dias os mares profundos de um azul sem igual, mas que não fogem ao isolamento que se sente cada dia que se passa na Brava.
"Isto está mesmo muito mal"
Mimi mora na Praia há oito anos. Há já quase uma década deixou a sua Brava no pensamento, nas recordações, nas memórias da infância. Naquela tarde, encontrámo-la na Praça Eugénio Tavares. De volta à sua terra natal só por alguns dias, Mimi encontrou uma ilha ainda mais parada. "Isto está mesmo muito mal. Não há evolução. Deixei o interior à procura de melhores condições. No entanto, não hesitaria a voltar, caso houvesse algumas mudanças. Mas pelo que vejo, a Brava vai continuar assim, perdida no tempo, longe do século XXI", relata esta jovem mulher de 25 anos.
Na Furna, que abriga o cais onde diariamente chega o tal "barco de pesca", que traz os turistas, os filhos da terra, os visitantes por alguns dias, o sentimento é o mesmo. Espera-se pelo aeroporto que parece não estar na agenda governamental. Espera-se por melhores meios de transporte. Espera-se por não se estar aquém do mundo. Mesmo os pescadores daquele lugar reclamam falta de condições. "Não há ninguém. Agora temos barco todos os dias. Mas às vezes só vem uma ou duas pessoas. Aqui é sempre a mesma rotina, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos. Os dias são sempre iguais. Mas, há quem se esqueça que nós também somos filhos de Cabo Verde", lamenta.
Assim se vai levando a vida na "ilha das flores". Os ponteiros do relógio parecem que não andam ao sabor da nova era. E quem mais sofre são aqueles que lutam pela sua terra, que simplesmente querem só mais e melhor. Porque mais do mesmo já estão eles cansados.
Fonte: Expresso das Ilhas
Angola: Governo angolano promove redução dos índices de pobreza
O ministro angolano da Agricultura, Afonso Pedro Kanga, disse neste domingo, em Roma, (Itália) que o governo está a reduzir os índices de pobreza no país, em conformidade com os programas já definidos para este fim.
“É de facto uma realidade existirem no mundo cerca de um bilião de pessoas que sofrem de fome”, admitiu o ministro que falava a jornalistas em vésperas do início da Cimeira Mundial sobre Segurança Alimentar, a qual o primeiro-ministro, Paulo Kassoma, representará o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Os governos têm adoptado “políticas e medidas concretas” para puderem enfrentar este flagelo, considerou o governante que, para no caso de Angola, referiu a existência de um programa, elaborado após a conquista da paz.
“Em função das nossas realidades e possibilidades”, asseverou Afonso Pedro Kanga, está a reduzir-se os índices de pobreza e também das pessoas que padecem de fome, “mas mesmo assim temos que fazer mais, investindo na agricultura e outras actividades afins para se melhorar a situação”.
Tudo tem que ser feito para que se possa erradicar a fome e a pobreza no país, acentuou ainda.
Disse que os programas atinentes a agricultura, particularmente nos domínios da irrigação, comercialização, crédito ao pequeno agricultor e infra-estruturas, são executados com recursos próprios, aproveitando a ocasião para referir que o país “não tem beneficiado muito dos recursos financeiros no âmbito da cooperação multilateral".
Relativamente a Cimeira, revelou que os chefes de estados ou de governos irão analisar a situação da segurança alimentar, para oque “Angola traz propostas concretas”, a serem anunciadas pelo primeiro-Ministro.
Fonte: Angop
“É de facto uma realidade existirem no mundo cerca de um bilião de pessoas que sofrem de fome”, admitiu o ministro que falava a jornalistas em vésperas do início da Cimeira Mundial sobre Segurança Alimentar, a qual o primeiro-ministro, Paulo Kassoma, representará o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Os governos têm adoptado “políticas e medidas concretas” para puderem enfrentar este flagelo, considerou o governante que, para no caso de Angola, referiu a existência de um programa, elaborado após a conquista da paz.
“Em função das nossas realidades e possibilidades”, asseverou Afonso Pedro Kanga, está a reduzir-se os índices de pobreza e também das pessoas que padecem de fome, “mas mesmo assim temos que fazer mais, investindo na agricultura e outras actividades afins para se melhorar a situação”.
Tudo tem que ser feito para que se possa erradicar a fome e a pobreza no país, acentuou ainda.
Disse que os programas atinentes a agricultura, particularmente nos domínios da irrigação, comercialização, crédito ao pequeno agricultor e infra-estruturas, são executados com recursos próprios, aproveitando a ocasião para referir que o país “não tem beneficiado muito dos recursos financeiros no âmbito da cooperação multilateral".
Relativamente a Cimeira, revelou que os chefes de estados ou de governos irão analisar a situação da segurança alimentar, para oque “Angola traz propostas concretas”, a serem anunciadas pelo primeiro-Ministro.
Fonte: Angop
Brasil: Estudantes são algemados e presos após guerra de comida em escola
Alunos foram algemados e tiveram que tirar as impressões digitais.Além da detenção, os envolvidos foram suspensos por três dias.
Mais de dez estudantes de uma escola de Chicago, no estado de Illinois (EUA), foram presos e terão que comparecer em uma audiência no tribunal no final deste mês por causa de uma guerra de comida, segundo a emissora de TV "ABC News". As irmãs Cassandra, de 13 anos, e Aliyah Russell, de 14, estavam entre os estudantes presos.
De acordo com "ABC News", os alunos foram algemados e tiveram que tirar as impressões digitais na delegacia após uma guerra de comida no restaurante da escola de ensino médio "Perspectives Charter". Além da detenção, os envolvidos na brincadeira foram suspensos por três dias. Os pais dos alunos criticaram a ação. Em um comunicado, a escola disse que a polícia prendeu os responsáveis pela guerra dos alimentos para proteger o estabelecimento e seus alunos.
Fonte: G1
Mais de dez estudantes de uma escola de Chicago, no estado de Illinois (EUA), foram presos e terão que comparecer em uma audiência no tribunal no final deste mês por causa de uma guerra de comida, segundo a emissora de TV "ABC News". As irmãs Cassandra, de 13 anos, e Aliyah Russell, de 14, estavam entre os estudantes presos.
De acordo com "ABC News", os alunos foram algemados e tiveram que tirar as impressões digitais na delegacia após uma guerra de comida no restaurante da escola de ensino médio "Perspectives Charter". Além da detenção, os envolvidos na brincadeira foram suspensos por três dias. Os pais dos alunos criticaram a ação. Em um comunicado, a escola disse que a polícia prendeu os responsáveis pela guerra dos alimentos para proteger o estabelecimento e seus alunos.
Fonte: G1
Brasil: Polícia investiga falsificação de agrotóxico em MT
Foram apreendidas garrafas e caixas em operação.Quatro suspeitos de envolvimento foram detidos.
Policiais civis e militares encontraram agrotóxico contrabandeado no município de Tapurah (MT), na sexta-feira (13). De acordo com nota do governo estadual, uma quadrilha mantinha um "quartel general" na zona rural da cidade, para receber o produto e realizar um processo de falsificação, para que ele ficasse semelhante a defensivos agrícolas legais. A suspeita é que o grupo é formado por nove pessoas. Quatro foram presas.
Os produtos apreendidos na propriedade rural lotaram um caminhão. Foram recolhidos frascos e caixas com agrotóxico falsificado, além de material usado para a fraude.
Em outro ponto da cidade, em uma casa, foi encontrado mais veneno e uma nota fiscal que pode ser falsa.
No sábado (14), a polícia ouviu depoimentos de suspeitos de envolvimento no caso. Os investigadores acreditam que a quadrilha tem ramificações em outras cidades de Mato Grosso e na fronteira.
Fonte: G1
Policiais civis e militares encontraram agrotóxico contrabandeado no município de Tapurah (MT), na sexta-feira (13). De acordo com nota do governo estadual, uma quadrilha mantinha um "quartel general" na zona rural da cidade, para receber o produto e realizar um processo de falsificação, para que ele ficasse semelhante a defensivos agrícolas legais. A suspeita é que o grupo é formado por nove pessoas. Quatro foram presas.
Os produtos apreendidos na propriedade rural lotaram um caminhão. Foram recolhidos frascos e caixas com agrotóxico falsificado, além de material usado para a fraude.
Em outro ponto da cidade, em uma casa, foi encontrado mais veneno e uma nota fiscal que pode ser falsa.
No sábado (14), a polícia ouviu depoimentos de suspeitos de envolvimento no caso. Os investigadores acreditam que a quadrilha tem ramificações em outras cidades de Mato Grosso e na fronteira.
Fonte: G1
Brasil: Homem morre ao colidir motocicleta contra carro dirigido pela própria mãe
Um acidente de trânsito chocou Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, pela coincidência de envolver pessoas tão próximas da mesma família. Por volta das 13h30min deste domingo, o motociclista Laercio Olska, 42 anos, morreu ao colidir com um Ford Fiesta dirigido pela própria mãe, Anastácia Olska, numa estrada de terra do bairro Garilbadi.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Laercio participava de um evento de motociclistas próximo ao campo do Flamengo do Garibaldi. Ele guiava em direção ao centro de Jaraguá do Sul para almoçar quando se chocou contra o carro de sua mãe. Com a batida, o rapaz foi arremessado e passou por cima do carro. Ele morreu no local. Em estado de choque, Anastácia precisou ser amparada pelos socorristas. Ela foi encaminhada ao Hospital São José, sendo liberada após ser medicada.
Fonte: DC
Segundo o Corpo de Bombeiros, Laercio participava de um evento de motociclistas próximo ao campo do Flamengo do Garibaldi. Ele guiava em direção ao centro de Jaraguá do Sul para almoçar quando se chocou contra o carro de sua mãe. Com a batida, o rapaz foi arremessado e passou por cima do carro. Ele morreu no local. Em estado de choque, Anastácia precisou ser amparada pelos socorristas. Ela foi encaminhada ao Hospital São José, sendo liberada após ser medicada.
Fonte: DC
Brasil: Adolescentes invadem casa de juíza e ameaçam moradores com uma faca
Dois adolescentes são acusados de invadir a casa de uma juíza no bairro dos Ipês, em João Pessoa, na madrugada deste domingo (16).
De acordo com informações da 10ª Delegacia Distrital, os menores de idade tentaram assaltar a casa de uma juíza, que não teve a identidade revelada. Durante a ação, um dos adolescentes ameaçou a empregada da casa com uma faca.
Os dois acusados foram pegos quando tentavam fugir e encaminhados para a 2ª Vara Criminal. A polícia não revelou se eles haviam conseguido levar algo da casa.
Fonte: Paraíba1
De acordo com informações da 10ª Delegacia Distrital, os menores de idade tentaram assaltar a casa de uma juíza, que não teve a identidade revelada. Durante a ação, um dos adolescentes ameaçou a empregada da casa com uma faca.
Os dois acusados foram pegos quando tentavam fugir e encaminhados para a 2ª Vara Criminal. A polícia não revelou se eles haviam conseguido levar algo da casa.
Fonte: Paraíba1
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