quarta-feira, 28 de abril de 2010

Alemanha quer que credores da Grécia assumam parte das ajudas

As conversações sobre o montante e o "timing" das ajudas à Grécia estão a intensificar-se e têm sido diariamente acrescentadas ao debate novas propostas. Uma delas é que os credores de Atenas também assumam parte do resgate. A acontecer, serão os bancos franceses os mais penalizados.

Numa altura em que já se fala em valores como 120 mil milhões de euros de ajuda à Grécia para evitar que esta entre em incumprimento, Berlim veio propor uma nova condição para a atribuição das referidas ajudas: que os credores da Grécia assumam parte do custo da operação.

Um porta voz do partido de Merkel (CDU), em declarações recolhidas pela Reuters, solicitou que os bancos que beneficiaram da dívida grega aceitem agora um desconto no valor dos seus títulos de dívida, o que equivale a uma renegociação, avança o “Cinco Días”.

Os mais afectados por esta eventual redução de valor seriam os bancos franceses, que – segundo os dados do Banco de Pagamentos Internacionais – acumulavam em finais de 2009 o equivalente a 55.000 milhões de euros de dívida grega.

No entanto, esta exposição poderá ser maior, devido ao crédito concedido pelo Emporiki Bank of Greece, subsidiária do Crédit Agricole, referiu o Citigroup numa nota de análise citada pelo "The Wall Street Journal".

Em segundo lugar em matéria de exposição à dívida grega, figuram as entidades suíças, com 47.000 milhões de euros, seguindo-se os alemães com 31 mil milhões. A exposição do Reino Unido era de 11,3 mil milhões no final do ano passado.

Fonte: Jornal de Negócios

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