segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lisboa é a que mais cai no mundo, PSI 20 tomba 3%

Num dia em que as principais praças europeias até protagonizaram ganhos, o PSI 20 fechou a perder mais de 3%.

O PSI 20 derrapou hoje 3,17% para negociar nos 7.557,36 pontos, mínimos de dois meses, com 11 títulos a perderem mais de 3%. Foi o pior desempenho em todo o mundo.

O índice português encerrou assim em contra-ciclo com as principais bolsas europeias, que avançaram perto de 1%, impulsionadas pelos títulos das produtoras de matérias-primas e por bons resultados empresariais.

A destoar num dia de ganhos na Europa fechou também a Bolsa de Atenas, que perdeu 2,9%, depois de Angela Merkel ter dito hoje que a Alemanha só vai ajudar a Grécia se o país avançar com mais medidas de contenção e mostrar que tem um plano "sustentável" para reduzir o défice. A Alemanha adiou também para os próximos dias uma decisão sobre o apoio a Atenas.

"Portugal está a ser penalizado com a incerteza do que vai acontecer na Grécia. Fala-se constantemente de Portugal e não há ninguém "credível" que venha dizer que Portugal está noutro patamar", o que penaliza a bolsa nacional, disse um analista ao Económico.

"Enquanto não houver uma decisão concreta sobre o que vão fazer e como vai ser conseguido o empréstimo à Grécia por parte da Europa, os problemas vão continuar e a bolsa não vai recuperar", acrescentou o mesmo perito.

Em Lisboa, os títulos da banca foram dos que mais se destacaram. BES e BCP afundaram 3,3 e 4%, respectivamente, enquanto o BPI perdeu 3%. Isto porque os bancos são dos que mais sofrem com o agravamento dos indicadores de dívida nacionais, e hoje está a ser mais um dia de recordes.

É que o preço de fazer um eventual incumprimento de Portugal atingiu hoje um novo máximo histórico, nos 313 pontos, e é mesmo o segundo que mais sobe em todo o mundo.

Ainda na Bolsa de Lisboa, nota para o tombo da EDP Renováveis, que terminou a sessão a afundar 4% para negociar nos 5,12 euros, depois de ter já recuado quase 7% para mínimos de 16 meses durante a sessão.

Na origem desta 'performance' estão os receios dos cortes de estímulos às energias renováveis em mercados cruciais para a energética liderada por Ana Maria Fernandes, como Espanha e os Estados Unidos, segundo operadores sondados pela Reuters.

Jerónimo Martins, PT, EDP e Zon foram outros dos títulos que perderam mais de 3%.

Já a Galp perdeu 2,95%, no dia em que Teixeira dos Santos disse que a maioria dos 33% da italiana ENI na empresa portuguesa devem ser adquiridos pela brasileira Petrobras.

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