segunda-feira, 26 de abril de 2010

Taxa de vacinação em Portugal superior a 95%

A taxa de cobertura de vacinação em Portugal é superior a 95 por cento, o que contribuiu para a “quase” erradicação de doenças como o sarampo e a rubéola. A Direcção-Geral da Saúde apela à necessidade de manter estes valores.
Para reforçar junto da população e dos profissionais a importância da adesão ao Programa Nacional de Vacinação (PNV), Portugal aderiu pela primeira vez à Semana Europeia da Vacinação.

A subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, disse à Lusa que esta iniciativa da Organização Mundial da Saúde existe há cinco anos e visa “promover e recordar às pessoas como é importante a vacinação”.

“Em Portugal, temos tido taxas muito boas de adesão à vacinação. Os profissionais e famílias são muito colaborantes e, portanto, não vimos, até agora, necessidade prioritária de aderir a esta iniciativa”, adiantou.

No entanto, lembrou, “os programas de vacinação, quando correm muito bem, acabam por ser vítimas do seu próprio sucesso. As pessoas deixam de ver as doenças e tendem a esquecer-se da vacinação, o que não é o caso de Portugal”.

Segundo a DGS, desde o início do PNV, há 45 anos, “já foram vacinadas cerca de 10 milhões de crianças, bem como vários milhões de adultos”, o que resultou em “elevadas coberturas vacinais” que foram mantidas ao longo dos anos.

A taxa de cobertura vacinal tem rondado, nos últimos anos, os 96/97 por cento para as vacinas administradas no primeiro ano de vida, 94/95 por cento para as aplicadas durante o segundo ano de vida e aos 5/6 anos.

“Portugal tem excelentes taxas de cobertura e não vamos fazer nenhuma campanha para vacinar mais pessoas. Limitamo-nos a aderir [à iniciativa] no sentido de recordar a todos que o que conquistámos até agora foi muito importante e devemos continuar assim”, sublinhou Graça Freitas.

O enfoque especial da Semana Europeia de Vacinação, que decorre entre 24 de abril e 01 de maio, será a vacinação contra o sarampo, considerando os surtos que se têm verificado em vários países europeus como resultado de coberturas vacinais insuficientes.

Em Portugal, são ainda declarados esporadicamente casos de sarampo, importados de outros países, e de rubéola. “Temos de continuar a vacinar porque as doenças não desapareceram do planeta e se o deixarmos de fazer podemos voltar a ter casos, surtos e epidemias” destas doenças, justificou a responsável.

Graça Freitas adiantou que não têm sido registados casos de sarampo e, para evitar o seu aparecimento, as autoridades de saúde têm feito, regularmente, “campanhas de repescagem para pessoas que estão atrasadas na vacinação”.

“Se abrandarmos a vacinação podemos vir a ter surtos” de sarampo, como está a acontecer em Inglaterra e já aconteceu na Alemanha e na Áustria, alertou.

O último estudo sobre a imunidade relativa da população portuguesa às doenças prevenidas pela vacinação no âmbito do PNV (2º Inquérito Serológico Nacional que decorreu em 2001-2002) demonstrou que a maioria da população portuguesa está imunizada para várias doenças abrangidas pelo PNV, nomeadamente o tétano, poliomielite, sarampo e rubéola.


Visite a fonte da informação aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário